O “rolê aleatório” tem início com a dupla Marcos Braz, ex-dirigente do Flamengo, e o rapper L7Nnnon, culminando na aquisição de um dos clubes de futebol mais tradicionais do Rio de Janeiro. Esse movimento se deve ao fato de que ambos estão próximos de concretizar a compra da SAF do Olaria na segunda-feira (21/7).
Além do político e do músico, a empresa de marketing esportivo Ric’s também participa da transação, que ocorre em um momento de crise financeira do clube. O Olaria enfrenta um acúmulo de dívidas que, ao longo dos últimos anos, impactaram negativamente o desempenho esportivo e colocaram em risco a continuidade da instituição.
O edital da assembleia menciona as empresas interessadas na aquisição do Olaria: DTS Serviços (de Marcos Braz), DLA Investments (de L7nnon) e a Ric’s. O acordo estipula um valor de R$ 25 milhões por 95% do futebol, com os investidores assumindo as dívidas e assegurando a certidão negativa até agosto.
Com aproximadamente 600 sócios, a venda está condicionada à aprovação pela maioria dos votos. O presidente André Luiz “Batata” reconhece a crise enfrentada, mas mantém a esperança de ver o Olaria na elite do Carioca e na Série B do Campeonato Brasileiro.
“A situação atual era inviável. Lutamos para não fechar as portas. Muitas penhoras, ações trabalhistas. Hoje, tudo que o clube ganha é penhorado. Sem dívidas, poderemos administrar com planejamento”, afirma Batata em entrevista ao ge.
L7nnon tem acompanhado o Olaria nas últimas temporadas, assistindo a jogos e contribuindo para a melhoria do estádio. A experiência do político Marcos Braz no futebol também inspira a diretoria.
Em 2020, o clube estava na Série B1 do Carioca. Desde então, conseguiu ascender para a A2 e quase alcançou a elite do Rio de Janeiro em três ocasiões. Em 2024, terminou na quinta posição na Série A2, mas uma punição ao Americano o colocou no G-4, aumentando as chances de acesso.
Publicado em colunadofla.com