“O jogo do ano é sempre o próximo. Se a gente ganhar, o jogo do ano é a final (da Libertadores). Se não, é o próximo do Brasileiro. Todos os jogos são os jogos do ano. Todos os treinos são o treino do ano“, disse Gabigol ainda no Maracanã, após o Flamengo vencer o Fluminense por 2 a 0 na 27ª rodada do Brasileiro. Se o artilheiro do Campeonato Brasileiro tentou dar um tom de naturalidade ao confronto desta quarta-feira (23), às 21h30, contra o Grêmio, no Maracanã, pela semifinal da Libertadores, alguns torcedores não.
Diferentemente do camisa 9, Marcos Meirelles, morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana, está com muita esperança de ver o Flamengo chegar à final, já que este será um momento inédito em sua vida. Confiante, após assistir o jogo de ida contra o time de Renato Gaúcho, na Arena do Grêmio, a chama da esperança reacendeu com mais intensidade no jovem de 24 anos.
“Entre muitos confrontos históricos na Libertadores, esse Flamengo e Grêmio é, sem sombra de dúvidas, o jogo mais importante de todos os tempos para nós“, disse.
E convenhamos, não há como ser diferente.
Desde sua criação, em 1960, foram 59 edições de Copa Libertadores disputadas. Destas, 25 foram campeãs e 32 equipes diferentes foram vices, e é o maior torneio continental das Américas. Dos quatros representantes nessas semifinais, o Flamengo é o único que não tem – infelizmente ainda – o DNA de vencedor.
Enquanto Boca Juniors tem 6 títulos (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007), em 28 participações, o River Plate 4 (1986, 1996, 2015 e 2018), em 35, o Grêmio 3 (1983, 1995 e 2017), em 19 e o Flamengo tem apenas 1981, em 15.
E ganhou em 1981, logo na sua primeira participação e tirando 1984, onde chegou numa semifinal, o clube carioca só tem protagonizado participações ineficazes e vexatórias. Em três oportunidades foi eliminado nas quartas de final. Em 1991, pelo Boca Juniors dentro da Bombonera, em 1993, queda para o São Paulo no Morumbi, e em 2010, foi a vez da Universidad de Chile impedir o sonho do bi.
Em 2002, 2012, 2014 e 2017, caiu ainda na fase de grupos e vem enfrentando dificuldades ao longo de suas participações. O Flamengo não chega em semifinais há 35 anos e numa final, há 38. Atualmente, tanto no Brasileiro como na própria Libertadores, vem jogando um futebol que é capaz de produzir em seu torcedor a esperança de voltar ao topo.
E não obstante, esse time de Jorge Jesus, quebrando recordes e mais recordes em rodada a rodada, resgatou em seu torcedor o prazer de acompanhar a equipe, além de resgatar uma velha expressão muito corriqueira entre os flamenguistas: o “Deixou chegar”.
No dicionário “Rubronegres”, o “Deixou chegar” significa: momento em que a equipe embala de tal forma e tomada por tal magia, empurrada pela “Nação”, vence qualquer equipe. Exemplos não faltam ao longo desses 123 anos:
E assim é o “Deixou chegar” na vida do torcedor Rubro-Negro, entre o medo e a euforia, entre o “Time sem vergonha” e o “Rumo a Tóquio”. O Flamengo vive um dos momentos mais importantes de sua história recente, tem reais condições de ganhar três grandes títulos e botar esse elenco no mesmo panteão do time de 1981.
Mas pode perder tudo e ficar no maldito “cheirinho”.
É preciso sonhar e acreditar.
E apenas Jesus e esse Flamengo, são capazes disso.
Por: Marcos Vinicius
Twitter: @ViniciusCharges
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Fonte: https://colunadofla.com/2019/10/marcos-vinicius-dia-d/
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