Mauro Cezar: “Bandeira já é o presidente com mais fracassos internacionais na história do Fla. E pode ampliar essa marca”

Se o Flamengo não vencer o Cruzeiro por dois ou três gols de diferença, dia 29 de agosto, em Belo Horizonte, deixará a Copa Libertadores da América. Seria o quinto revés internacional em seis anos de Eduardo Bandeira de Mello na presidência — dois mandatos de três anos, eleito em 2012 e reeleito em 2015.

Ele já é o ocupante do cargo que coleciona mais fracassos nas competições da Conmebol em toda a história do clube. Nos seis anos anteriores à sua chegada ao poder, os rubro-negros amargaram seis fracassos em certames da Confederação Sul-americana, mas com três presidentes diferentes. Confira:

Com Márcio Braga na presidência:
* 2007: desclassificado pelo uruguaio Defensor nas oitavas-de-final da Copa Libertadores (0-3 e 2-0)
* 2008: eliminado na mesma fase pelo América do México, em 2008 (4-2 e 0-3)

Com Delair Dumbrosck na presidência:
* 2009: eliminado pelo Fluminense da Copa Sul-americana devido ao critério do gol fora de casa (0-0 e 1-1)

Com Patrícia Amorim na presidência:
* 2010: eliminado da Libertadores pela Universidad de Chile (2 a 3 e 2 a 1) nas quartas-de-final
* 2011: novamente a Universidad de Chile, daquela vez pela Sul-americana: derrota por 4 a 0 no Engenhão e pelo placar de 1 a 0 em Santiago.
* 2012: eliminado da Libertadores na fase de grupos, mesmo vencendo o Lanús no Engenhão — o Emelec avançou.

Se os cruzeirenses confirmarem a classificação no Mineirão, a atual gestão irá superar sua própria marca negativa, como a que mais eliminações internacionais concentrou na história do clube. Abaixo, a lista dos reveses flamenguistas com Bandeira na presidência.

* 2014 – derrotado pelo León, do México, e eliminado na fase de grupos da Copa Libertadores no Maracanã (2-3).
* 2016 – eliminado da Copa Sul-americana pelo Palestino, do Chile (1-0 e 1-2).
* 2017 – eliminado na fase de grupos da Libertadores após ao perder para o San Lorenzo, na Argentina (2-1).
* 2017 – perdeu a final da Sul-americana para o Independiente ao empatar no Maracanã (1-1), após derrota na Argentina (2-1).

Alguém dirá que essas derrotas só aconteceram porque o clube passou a frequentar as competições internacionais. É fato. Mas isso já vinha ocorrendo antes da chegada do atual presidente ao cargo. Sim, o Flamengo se classificava para esses certames em meio ao caos financeiro e pífia estrutura, mas hoje o cenário é totalmente diferente. Fazer melhor deveria ser encarado como obrigação pelo torcedor, mas há muitos que convivem bem com o fracasso.

Também não há como negar que participando de cinco certames da Conmebol em seis temporadas, o Flamengo poderia conquistar pelo menos um troféu, ou evitar humilhações. Como deixar a Copa Sul-americana batido pelo pequeno Palestino, e ser despachado da Libertadores da América ainda na fase de grupos duas vezes em três participações. O DNA perdedor segue fortíssimo.

Reprodução: Mauro Cezar Pereira | ESPN

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/08/mauro-cezar-bandeira-ja-e-o-presidente-com-mais-fracassos-internacionais-na-historia-do-fla-e-pode-ampliar-essa-marca/

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