Contagem regressiva: em exatos 26 dias, a janela de transferências do futebol brasileiro será encerrada (1º de fevereiro). Ainda há tempo hábil para clubes da elite nacional buscarem seus reforços e qualificarem seus respectivos elencos, contudo, o que percebemos até o momento é um cenário de ‘calmaria’ pouco usual para este período do ano. A impressão coletiva de que nada está acontecendo no mercado não é equivocada: tivemos apenas 44 movimentações envolvendo clubes daSérie A até aqui, 75% menos em relação ao ano passado.
Quais são as explicações para esse mercado enxuto? Além dos valores inflacionados e da maior dificuldade dos clubes em conseguir costurar acordos via empréstimo ou troca de jogadores, o alto endividamento das principais potências do futebol nacional explica a janela ‘tímida’ de momento. São Paulo, Palmeiras e Corinthians, por exemplo, ‘esticaram a corda’ na temporada passada e foram bastante ativos na janela, mas agora se veem em um momento de necessária retração para equilibrar suas finanças.
Mirando sua Arena própria, o Atlético-MG segue preocupado com seus cofres e dá seguimento à filosofia de austeridade financeira, cenário também vivido por Fluminense, Botafogo e Vasco. O Cruzeiro, após anos de gastanças desenfreadas, sofreu o primeiro rebaixamento de sua história e tenta dar início a um processo de reconstrução que tende a levar tempo. Inter e Grêmio estão em melhor situação que os cariocas e mineiros citados, mas também precisam usar da criatividade para reforçarem seus respectivos elencos.
Na contramão desse panorama de déficit e austeridade, está o Flamengo, que vive o momento de maior prosperidade em sua história recente. A arrecadação monstruosa com premiações, bilheteria e cotas de TV permitem que o clube carioca seja cada vez mais protagonista, não à toa, já fechou com dois ótimos valores para 2020: Gustavo Henrique e Pedro Rocha.
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