O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, defensor da aplicação da exigência de CND aos clubes, entende que, com a liminar concedida pelo STF derrubando o item do Estatuto do Torcedor, ponto que foi adicionado pelo Profut, é preciso criar um novo mecanismo para que os clubes não se tornem irresponsáveis quando o assunto é equilíbrio financeiro.
– Com a liminar, a norma deixa de valer. Agora, caso a decisão prevaleça, é preciso encontrar uma outra forma de evitar que a irresponsabilidade volte a imperar – disse Bandeira, que é defensor do seguinte ponto de vista:
– A punição esportiva é severa sim, porém necessária, dado o histórico negativo de boa parte dos clubes brasileiros.
Em entrevista recente ao LANCE!, por ocasião da manifestação da CBF a favor do fim da exigência de CND, Bandeira deu mais detalhes sobre o motivo de apoiar a comprovação por parte dos clubes de que as contas públicas estavam em dia.
– A aprovação do Profut só foi possível porque os clubes se comprometeram junto aos parlamentares, à Presidência da República, aos Ministérios do Esporte e da Fazenda e, principalmente, à opinião pública que aceitariam se submeter a regras de conduta severas, o que incluía a exigência da CND. Entendo até que possa haver uma salvaguarda para os casos em que o clube não consiga emitir a CND por razões burocráticas, mas nunca pelo inadimplemento puro e simples – afirmou o presidente do Flamengo.
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