O técnico com mais partidas ao final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro é Vagner Mancini, do Vitória, o único que continuou empregado após 19 rodadas. Mas, no principal torneio de clubes do país, quem mais soma partidas são os técnicos interinos.
São 30 jogos com treinadores ‘tapa buracos’ no cargo, sendo que apenas um deles conseguiu ‘sobreviver’ ao desafio. Zé Ricardo foi efetivado no Flamengo em 14 de julho, após ter dirigido o time rubro-negro interinamente por 11 rodadas.
Onze vezes também foi o número de vezes que Pachequinho ficou à frente do Coritiba como interino. Ele foi colocado no cargo logo após a saída de Gilson Kleina e ficou no cargo até a contratação de Paulo César Capergiani.
Pachequinho poderia ter somado o interino recordista em jogos, mas diante do Atlético-PR, em 29 de junho, ele deu lugar para o ex-jogador Marcio Goiano – depois voltou.
O alto número de jogos com técnicos interinos mostra que os clubes continuam demitindo treinadores, mas, ao mesmo tempo, têm dificuldade para escolher o substituto. O próprio Coritiba ficou na dúvida sobre quem deveria assumir a equipe após a saída de Gilson Kleina. Chegou a cogitar Milton Cruz e Cristóvão Borges (antes de ele acertar o contrato com o Corinthians) até fechar contrato com Carpegiani.
O São Paulo é um dos times que hoje vive esse dilema. Como perdeu Edgardo Bauza para a seleção argentina, a diretoria nomeou André Jardine, técnico do time sub-20, para o cargo até acertar com um profissional mais experiente.
Nomes são especulados no clube do Morumbi, que não parece certo sobre a escolha que deve tomar. Os argentinos Eduardo Coudet, do Rosario Central, e Facundo Sava, do Racing, foram nomes ventilados, assim como o do brasileiro Abel Braga, desempregado.
BRASILEIRO DOS INTERINOS
Ao todo, oito equipes da Série A tiveram técnicos interinos.
Hoje treinado por Cristóvão Borges, o Corinthians teve de pedir para Fabio Carille, membro da comissão técnica fixa do time, para comandar a equipe contra o Fluminense. Perdeu por 1 a 0. Também comandou o time no revés para o Botafogo por 3 a 1.
Na briga pelo título do Brasileiro, o Palmeiras também teve um treinador interino neste ano. Foi Alberto Valentim na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo após a demissão de Marcelo Oliveira e antes de Cuca assumir o time, o que ocorreu no jogo seguinte.
Marcão comandou de forma interina o Fluminense em dois jogos neste ano entre a saída de Eduardo Batista e chegada de Levir Culpi.
O Cruzeiro iniciou o ano com Deivid como interino, chegou a efetivar o ex-jogador no cargo e a demiti-lo quando considerou que os resultados não eram satisfatórios. Na sequência, acabou promovendo Geraldo Delamore, que foi auxiliar técnico de Tite por 13 anos, mas ele ficou pouco tempo – e de forma interina – no comando do time celeste.
Sem encontrar um nome dentro do país que agradasse a diretoria, o Cruzeiro contratou o português Paulo Bento, mas após 17 jogos foi demitido e substituído por Mano Menezes.
Até mesmo a Chapecoense, equipe famosa por manter treinadores, teve um interino. Emerson Cris dirigiu o time por um jogo após Gilson Kleina pedir demissão e ir para o Bahia e até Caio Júnior, então contratado, poder estrear.
CONFIRA OS INTERINOS E OS JOGOS
Pachequinho, Coritiba – 11 jogos
Zé Ricardo, Flamengo – 11 jogos*
Fabio Carille, Corinthians – 2 jogos
Marcão, Corinthians – 2 jogos
Alberto Valentim – 1 jogo
André Jardine – 1 jogo
Emerson Cris – Chapecoense – 1 jogo
Geraldo Delamore, Cruzeiro, 1 jogo
Marcio Goiano, Coritiba – 1 jogo
Fonte: ESPN
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