Zé Ricardo conseguiu, em apenas dois meses como técnico do profissional do Flamengo, construir o bom ambiente que desenvolveu na base. Hoje, contra o Figueirense, o treinador tenta se manter na cola do Palmeiras justamente no palco que consagrou seu trabalho com o título da Copa São Paulo.
No Pacaembu pela primeira vez com os profissionais rubro-negros, Zé Ricardo admite que não esperava voltar ao estádio tão cedo após a conquista de janeiro. De lá para cá, são oito meses, mas os últimos 60 dias o credenciaram de vez como um técnico promissor.
— Assim que eu soube que o jogo seria no Pacaembu, passou um filme. Se alguém dissesse que estaria no profissional menos de um ano depois, não acreditaria — admite Zé Ricardo.
A Copinha é tida como a maior conquista do treinador de 45 anos. O feito é usado também como inspiração para o trabalho atual.
— O grupo que disputou nos juniores foi maravilhoso, a gente encontra similaridades com o ambiente de agora, foi inesquecível — compara o técnico, que começou como professor da rede municipal.
A formação humana lhe ajudou a conquistar os atletas de imediato no profissional. O método de ouvir a todos, incluindo a comissão principal e a da base, é um trunfo.
— Lá na escola a gente trabalhava com os sonhos dos meninos. A ideia era passar para eles que podem acreditar. Os atletas devem ser tratados assim também — ensina o professor: — Se eles estiverem à vontade, trabalhando com prazer, vindo ao clube com gosto, vão render mais. A gente conseguiu estabelecer essa relação de confiança.
A formação acadêmica e a passagem pela rede de ensino não tiram a humildade do técnico. No clube, é apenas Zé. E basta.
Share this content: