O desafio de Jorge Jesus: aliar resultado e desempenho para conquistar títulos

Costuma-se dizer que quem se atreve a comparar epocas no futebol corre o risco de cometer injustiças. Sem querer entrar nesse mérito, fizemos um levantamento do primeiro semestre do futebol Rubro-Negro em 2013 e em 2019. Por que os dois anos? Porque marcam o início das duas últimas gestões à frente do Flamengo, capitaneadas por Eduardo Bandeira de Mello e Rodolfo Landim, respectivamente. O que se percebe é que Jorge Jesus terá que aliar resultado e desempenho, caso contrário, poderá ter o mesmo insucesso dos antecessores. Confira!

CAMPEONATOS

Em 2013, o primeiro semestre reservou ao Mais Querido o Campeonato Carioca, A Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. O Flamengo não se classificou para a Libertadores, pois em 2012 terminou o Brasileirão na 11ª posição. Já em 2019, além do torneio regional e das duas competições nacionais, o segundo lugar no Brasileirão de 2018 classificou o clube para participar da Libertadores.

RESULTADOS

No primeiro semestre de 2013, o Flamengo entrou em campo 24 vezes, contra 32 em 2019. Naturalmente, a Libertadores é o grande diferencial. Somente pela competição continental foram seis partidas. Veja os números abaixo:

Carioca

2013 – 15 jogos (10v, 3e, 2d)

2019 – 17 jogos (11v, 5e, 1d)

Copa do Brasil

2013 – 4 jogos (4v)

2019 – 2 jogos (2v)

Campeonato Brasileiro

2013 – 5 jogos (1v, 2e, 2d)

2019 – 9 jogos (5v, 2e, 2d)

Libertadores

2013 – não participou

2019 – 6 jogos (3v, 1e, 2d)

TREINADORES

Em 2013, Dorival Júnior era o treinador do time até ser demitido em março, por divergências salariais, e dar lugar a Jorginho, ex-lateral-direito do clube. O técnico ficou apenas três meses no comando, também sendo demitido. Em 14 de junho, Mano Menezes assumiu o Flamengo (e ficaria no cargo até setembro daquele ano). Em 2019, Abel Braga iniciou sua segunda passagem pelo clube, mas não resistiu à pressão e deixou o Flamengo no final de maio. Marcelo Salles assumiu o time nos últimos quatro jogos do semestre como interino e dá lugar ao português Jorge Jesus, que iniciará seus trabalhos no dia 20 (quarta-feira), durante a parada para a Copa América.

Aproveitamento

Dorival Júnior – 10 jogos (7v, 1e, 2d) – 73,3%

Jorginho – 14 jogos ( 7v, 4e, 3d) – 59,5%

Mano Menezes – seu primeiro jogo foi em julho, portanto, no segundo semestre de 2013.

Abel Braga* – 28 jogos (18v, 6e, 4d) – 71,5%

Marcelo Salles 4 jogos (3v, 1e) – 83,3%

* Não foram computados os dois jogos da Flórida Cup, em jan/2019.

Os matemáticos afirmam que números não mentem, mas em se tratando de Flamengo, o bom aproveitamento, apenas, não é suficiente. É preciso ganhar títulos nacionais e internacionais. Jogando um futebol vistoso aos olhos da Nação, preferencialmente. Carente de troféus que o encham de orgulho, o torcedor quer muito mais do que a Copa do Brasil de 2013 – por sinal o único título expressivo de lá para cá. “Vencer e convencer” é um dos lemas de Jorge Jesus, ávido por novos desafios. Se era para escolher um dos grandes, ele acertou. Agora, a bola está com ele.

Fonte: https://colunadofla.com/2019/06/o-desafio-de-jorge-jesus-aliar-resultado-e-desempenho-para-conquistar-titulos/

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