Hoje, o Flamengo é tricampeão da Libertadores, octacampeão brasileiro e os rivais temem que o futebol brasileiro perca a graça, com possível domínio absoluto do Mengão. Porém, para chegar a esse status, o Mais Querido teve de sofrer. A vida do Rubro-Negro começou a mudar há exatos dez anos, no dia 3 de dezembro de 2012, data em que Eduardo Bandeira de Mello foi eleito presidente do clube.
Bandeira assumiu o Flamengo em uma situação delicada. No triênio anterior, o time brigou para não cair em 2010 e 2012. A dívida do clube era superior a R$ 700 milhões. Salários atrasados. Ronaldinho Gaúcho saiu do Rubro-Negro pela falta de pagamentos. Jogadores caros que não recebiam em dia. Após a ‘Chapa Azul’ ganhar a eleição, encabeçada pelo ex-executivo do BNDES, então desconhecido pela torcida rubro-negra, alguns ‘passos para trás’ foram dados para chegar aos dias de glória anos depois.
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Além de Bandeira, o grupo original contava com Wallim Vasconcelos, Luiz Eduardo Baptista (BAP), Rodolfo Landim, entre outros. Os primeiros atos da diretoria empossada não caíram no gosto da torcida. O presidente ‘mandou embora’ o principal atacante do time, Vagner Love, e o treinador Dorival Júnior, alegando salários acima da realidade do clube, em contratos assinados por diretorias anteriores.
Sobre a dívida, a nova diretoria fez uma auditoria para saber o tamanho do problema que iria enfrentar. Dos R$ 750 milhões, 400 milhões eram de encargos fiscais. Na ocasião, os dirigentes afirmaram que o Flamengo fecharia as portas de fosse uma empresa. No campo, nova era de contratações: menos Love’s, Ronaldinho’s e Thiago’s Neves, e chegaram nomes desconhecidos, como Val, Bruninho e Paulinho.
No primeiro ano de gestão, um título que foi importante para a torcida seguir fiel ao projeto da diretoria, de pés no chão: a Copa do Brasil 2013. Na ocasião, o Flamengo, que não era considerado favorito, eliminou times que estavam no topo da tabela do Brasileirão, inclusive o futuro campeão Cruzeiro, de Everton Ribeiro. Depois de anos economizando e pagando dívida, em 2015, aos poucos, o Rubro-Negro voltou a contratar as estrelas.
Neste ano, o Flamengo tirou Paolo Guerrero do Corinthians. Em 2016, Diego Ribas deixou o futebol turco para assinar com o Mengão. Na temporada seguinte, vieram nomes como Everton Ribeiro e Diego Alves. Em 2018, Vitinho vinha a ser a maior contratação da história do clube. Em 2019, já com Rodolfo Landim, chegaram Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Gerson, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. E o resto é história!
Nos últimos dez anos, desde a chegada de Eduardo Bandeira de Mello, o Flamengo ganhou duas Libertadores da América, dois Brasileirões, duas Copas do Brasil, duas Supercopas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e cinco estaduais. Se antes dessa época os “jogadores fingem que jogam e a diretoria finge que paga”, frase proferida pelo ex-volante Vampeta, no início dos anos 2000, atualmente estrelas internacionais sonham em vestir o Manto Sagrado, caso do colega de posição, Arturo Vidal.
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