O perigo do protagonismo obrigatório

Salve salve nação rubro negra!

Em 2016 vivemos 2 períodos, o primeiro semestre foi de decepção com as eliminações precoces, o segundo foi de melhorias e mudanças, esperança de título e a chegada de peças chaves que nos colocou na briga do campeonato brasileiro.

Com a manutenção de boa parte do elenco e a chegada de contratações específicas, elevamos ainda mais o patamar e hoje temos um dos melhores elencos do Brasil, sim, um dos. Logo as comparações e as intitulações de “protagonistas” e “obrigatoriedades” começam a aparecer, Carioca é obrigação, Libertadores é obrigação, brasileiro é obrigação! E é ai que mora o perigo.

Como já sabemos o Campeonato Carioca não é objetivo para o Flamengo, provavelmente entrará um time misto, ou seja, enquanto disputarmos campeonatos importantes a Primeira Liga e Carioca serão secundários. Se tratando de campeonatos nacionais, as prioridades para o Flamengo será o Brasileiro e Copa do Brasil, mas não devemos esquecer que entre eles existirá também a Libertadores, e como sabemos nosso calendário é cheio e cansativo, a rotatividade de jogadores precisará entrar em ação.

Se em 2016 já estávamos entre os melhores elencos, este ano confirmamos ainda mais essa afirmativa, principalmente no meio de campo, com Diego, Conca, W. Arão e Rômulo, melhor meio campo do brasil, tecnicamente falando, ainda precisa jogar para provar, mas seria um pecado ignorar outros elencos que também chegam fortes para a briga, como o Palmeiras, Atlético-MG e Santos, basicamente são estes os protagonistas do atual futebol brasileiro, não somente um, mas todos esses.

O protagonismo e a obrigatoriedade se tornam perigosos quando se ignora o formato e a dificuldade das competições, é só olhar para o último campeão da Libertadores, o Atlético Nacional (COL), poucos conheciam, um time que há muitos anos não chegava nem perto da final, e como sabemos a Libertadores é um campeonato diferenciado, facilmente times tradicionais e de peso caem perante times se quer conhecidos. O último time brasileiro a disputar a final da liberta foi o Atlético MG em 2013, e de lá para cá todos os times brasileiros consideramos favoritos ao título não conseguiram ir bem na fase de grupos ou caiam no mata-mata. Quem não se lembra do Corinthians que batia até o Barcelona e caiu na segunda-fase?

Libertadores não é um título fácil de se ganhar e com as mudanças no calendário deste ano o novo formato ainda precisa ser digerido pelos clubes, novos reforços podem chegar na janela do meio do ano como também alguns podem sair. Se temos um elenco forte devemos saber usar com sabedoria, humildade e ganhar em campo, qualquer euforia e cobrança exagerada pode atrapalhar o time e desviar o foco do objetivo.

Estamos construindo não somente um clube, mas também um elenco forte para disputar qualquer campeonato para vencer. Podemos não vencer a libertadores este ano ou o campeonato brasileiro, mas os títulos virão e serão consequência de um bom trabalho.

Sei que tem muito torcedor que vai cobrar como se fossemos um Barcelona ou Real Madrid da vida, calma, ainda vamos chegar lá, queimar etapas só atrapalha. Futebol se ganha em campo, o time precisa ter mentalidade de campeão, jogar para ganhar sempre, mas nada de salto alto e cantar vitória, empolgação é para a torcida!

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Matheus Gonzaga. SRN!

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/01/o-perigo-do-protagonismo-obrigatorio/

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