Completo um ano do incêndio no Ninho do Urubu, que vitimou dez adolescentes que atuavam nas categorias de base do Flamengo, O GLOBO procurou o clube para cobrar explicações sobre o caso. As questões foram enviadas à pasta de comunicação, que utilizou um pronunciamento no canal ‘FlaTV’, no Youtube, para abordar os temas. Na ocasião, o presidente Rodolfo Landim, o vice jurídico Rodrigo Dunshee e o CEO do clube Reinaldo Belotti se manifestaram. O Flamengo informou que, com a proximidade do 8 de fevereiro — data do incêndio no Ninho do Urubu —, foi procurado por muitos veículos de imprensa com pedidos de entrevista de seus dirigentes, e optou por atender neste formato.
Confira como o Flamengo, via ‘FlaTV’, abordou os questionamentos enviados pelo GLOBO sobre a punição aos responsáveis pelo incêndio no CT. A única mudança no organograma do clube foi o afastamento do diretor Marcelo Helmann.
Por quê o Flamengo nunca abriu qualquer tipo de investigação interna para apurar as causas do incêndio e os responsáveis?
Rodrigo Dunshee: Normalmente, no Flamengo, a gente abre esse tipo de investigação para pequenas infrações ocorridas e previstas no estatuto. Essa situação não é pequena, é enorme e importante que está sendo vista pela polícia. Pelas autoridades e pela Justiça. No dia em que eles concluírem, apontarem as causas e eventuais culpados, aí o Flamengo se manifestará internamente. Não seria correto a gente intervir em uma questão que está nas mãos das autoridades.
Reinaldo Belotti: Apesar do Flamengo não ter aberto nenhum tipo de inquérito interno, nós usamos essa tragédia para reanalisar procedimentos, melhorar a nossa atuação em casos desse tipo. Mudamos toda a nossa estrutura de acompanhamento de assuntos relacionados a saúde, meio ambiente e segurança operacional e reavaliamos procedimentos e os melhoramos.
Que conduta o Clube adotou em relação às investigações da Polícia Civil sobre o incêndio. O Flamengo cobra celeridade no inquérito, ainda sem fim?
Rodrigo Dunshee: Essa pergunta precisa ser esclarecida. Inicialmente, a autoridade policial atuou, me parece, com muita celeridade. Foi encaminhado ao MP, que solicitou nos esclarecimentos. Ou seja, voltou para a autoridade policial para que algumas dúvidas do MP fossem esclarecidas. É comum isso acontecer. Então, não é que esteja demorando. Eles estão se esforçando para chegar a alguma conclusão e, por vezes, o MP consulta a polícia sobre novas perguntas. A gente acha que está chegando ao fim e a gente não cobra nada pois sabe que está sendo feito com zelo e atenção.
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