A final tão sonhada está aí. No sábado, assim como há 38 anos, Flamengo e Liverpool vão decidir o Mundial de Clubes. Pelo lado carioca, não é preciso explicitar muito a motivação e a vontade que se tem de ganhar a partida e repetir o feito de 1981. Mas, em relação aos ingleses, o que esperar?
Os europeus jamais levaram esta competição a sério, e isso ficou evidente mais uma vez quando o próprio time da terra dos Beatles poupou jogadores (e quase se deu mal) na estreia diante do Monterrey. A equipe de Jürgen Klopp, sim, correu muitos riscos de ser eliminada, e o que se quer é que, no mínimo, o técnico escale quem tem de melhor à disposição para a decisão.
Para o Liverpool, fica cada vez mais claro que o Mundial é um estorvo no calendário, é algo que, se fosse possível, seria deixado para trás sem qualquer tipo de receio. Historicamente, o clube tratou este torneio assim, independentemente do formato de disputa. É claro que, por se tratar de uma final e tendo os seus melhores atletas jogando, a tendência é de que o futebol apareça. Agora, controlar a mentalidade dos profissionais diante de tamanho desprezo ao troféu é algo que nem o treinador mais badalado da atualidade no planeta tem o poder de fazer.
Repito: é natural que os ingleses cresçam diante do Flamengo. É outro duelo, é outro nível de adversário. Mas se engana quem acredita em sentimento de revanche pelos 3 a 0 impostos por Zico e companhia. Trata-se de apenas mais um compromisso para o Liverpool. Se ganhar, ok. Se perder, também. E isso dificilmente vai mudar.
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