Amigos! No fim de semana passado acompanhamos mais uma batalha pelo Campeonato Brasileiro. Flamengo e Cruzeiro se enfrentaram pela vigésima sétima rodada e fizeram um jogo emocionante, com várias chances de gol. Um jogo aberto que despertou em mim algumas questões relevantes para o resto do campeonato.
Vimos um primeiro tempo sólido do Flamengo. Apesar da posição incômoda na tabela, o time do Cruzeiro já apresenta um padrão de jogo melhor e possui jogadores de bom nível técnico. A posição na zona de rebaixamento não traduz, nem de perto, o bom time que a raposa mineira é, com bons valores principalmente no seu meio campo e ataque. O jogo foi muito equilibrado em sua primeira etapa, mas com o Flamengo superior.
No segundo tempo, tínhamos a superioridade, mas não conseguimos traduzi-la em gol. Pior, levamos o gol no momento em que nos lançávamos ao ataque, tentando o gol da vitória. Neste momento olhei para o relógio e vi que já estávamos com 30 minutos do segundo tempo, com pouco tempo para assimilar o golpe e tentar a reação.
Naquele momento vi a vitória distante. Uma pena, pois apesar de não estarmos fazendo um jogo brilhante, não via o time mal. Via o confronto de dois bons times, um confronto equilibrado que poderíamos vencer e continuar na cola do líder. Como em 15 minutos buscar uma virada?
Bom, como eu não sabia, mas continuei ali, com fé e torcendo por um time que joga um belo futebol, o mais belo do país no momento, e que definitivamente não se entrega. O gol de Guerrero foi o que faltava para as esperanças serem renovadas. O Flamengo era todo ataque e sofreu alguns contra-ataques perigosos, contamos com a presença do nosso excelente goleiro Muralha para segurar o resultado e no momento em que todos os times comuns colocariam diversos jogadores na área e começariam um festival de jogadas aéreas vi o meu Flamengo sair tocando a bola, com paciência, mas sem ser lento, vi a jogada começar no meio campo com Mancuello, passar por Diego, ir à ponta esquerda com Fernandinho, voltar ao meio com Diego, passar por Alan Patrick que achou Mancuello, sim, o jogador que iniciou a jogada, livre para bater e marcar um golaço, aos 43 minutos (no minuto Petkovic) e fazer a grande torcida explodir.
Saí gritando pela casa, derrubei cadeira, assustei minha filha de 5 anos e chorei. Sim, chorei com o gol porque vi em campo uma coisa que peço há muitos anos no Flamengo: Comprometimento e seriedade. Componentes que tenho visto isso diariamente, em todos os jogos do Flamengo neste ano.
Como me emocionei muito no gol, acabei perdendo a comemoração de Mancuello, que também se emocionou. No fim do dia, vi novamente o gol e me emocionei de novo, agora por ver a união do time, de todo o elenco, numa energia que nos cativa e nos deixa muito felizes.
Realmente, esse não é um time comum. Eles não desistem, jogam até o final. Não podemos desistir desse time também. Apoio até o final!
Que muitos aeroportos e estádios sejam inteiramente ocupados pela maior e melhor torcida do Brasil. Esse time merece!
Vamos Flamengo!
Marcão Beton
INSCREVA-SE: TV Coluna do Flamengo
Twitter: @marcaobeton
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/09/o-time-que-nao-desiste/
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