Apresentado no dia 10 junho como treinador do Flamengo, Jorge Jesus vai se adaptando à cultura do futebol brasileiro. Com muita experiência da Europa, ele traz suas ideias na busca de levar o time carioca aos títulos do Campeonato Brasileiro e Conmebol Libertadores.
Antes do duelo contra o Internacional, o FOXSports.com.br fez um perfil sobre as principais características do comandante. A última, que ainda não se confirmou por aqui, é um blefe que o português costumava fazer na época do Benfica. Antes de 37 clássicos contra Sporting e Porto, em 22 ele utilizou jogadores anteriormente vetados ou dúvidas na partida, pegando todo mundo de surpresa. Nesta quarta-feira, a torcida viralizou a matéria de 2015 do jornal “O Jogo”, de Portugal, sobre essa prática.
https://twitter.com/FoxSportsBrasil/status/1164195870956539904?ref_src=twsrc%5Etfw
Especialista em treinos: desde que chegou ao Flamengo, Jorge Jesus se mostrou muito aplicado nas atividades. Correu com os atletas no aquecimento, gesticulou bastante e sempre orientava os jogadores por perto, no campo e também na academia.
Estudioso: Jorge Jesus é um consumidor nato de futebol. Em entrevista ao FOX Sports, o comandante falou com Paulo Vinícius Coelho que acompanha futebol a todo momento. Inclusive, ganhou do jornalista um livro sobre a história do futebol brasileiro.
Enérgico: é muito comum ver o português aos berros na beira do campo. Muito pilhado, Jesus ‘joga com o time’, grita e busca sempre corrirgir dos erros da equipe dentro das quatro linhas.
Linha dura: a cartilha do treinador no Flamengo é longa. Duas chamaram mais atenção. A biometria para registrar entrada e saída dos jogadores no CT, além da proibição dos celulares na refeição. Segundo ele, o almoço é algo sagrado.
Ousado: Jorge Jesus não tem medo de ir para cima do adversário. Com uma marcação alta, ele costumava jogar com um volante em um esquema muito ofensivo. Apesar de agora atuar com Cuéllar e Arão, o Rubro-Negro sempre busca o jogo dentro ou fora de casa.
Parceiro da torcida: algo que raramente acontece no futebol brasileiro, Jorge Jesus tem o costume de agradecer aos torcedores após as partidas. Vencendo ou perdendo. Ele reúne os atletas para saudar a torcida do meio de campo.
Apaziguador (confusão no aeroporto): apesar de muito enérgico, Jesus tem uma cabeça muito tranquila. O exemplo foi no embarque para São Paulo, antes de um jogo contra o Corinthians. Na descida do ônibus, ele parou para conversar com os torcedores, que critivam duramente os atletas após a eliminação na Copa do Brasil.
Polêmico: declarações polêmicas sempre rondaram o português. Uma vez, ele disse “Acho que sou o melhor treinador do mundo, mas isso só vou poder justificar quando ganhar a Champions”. Além disso, já desdenhou sobre um dia treinar o Porto: “O Porto? Quem chega ao topo não quer andar para trás.”
Workaholic: Jorge Jesus é Trabalho Futebol Clube. Apesar dos dois meses no Rio de Janeiro, o português ainda mora em um hotel e só sai para jantar. Ele passa boa parte do tempo no clube e sempre almoça no CT Ninho do Urubu. A intenção dele é acelerar a adaptação ao futebo brasileiro.
‘Rei do blefe’: a última característica é nova para os brasileiros, mas antiga para os portugueses. Jorge Jesus costumava enganar os rivais de Porto e Sporting quando comandava o Benfica. A polêmica girava em torno de atletas lesionados. Para a imprensa, Jesus dizia que os jogadores estavam vetados ou que teriam poucas chances de atuar. Em 37 clássicos, ele não cumpriu o que falava em 22, surpreendendo a todos. Nas redes sociais, a torcida torce para que essa cartada comum de Jesus em Portugal se repita nesta noite contra o Inter. Afinal, Gabigol é o artilheiro da temporada com 24 gols.
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Crédito da foto: Alexandre Vidal/Flamengo