Gabriel e Jorge Jesus até podem ser os que geram maior curiosidade do torcedor do Flamengo pela indefinição do futuro, mas é Bruno Henrique quem mais mexe com o mercado. Destaque de todas as competições que participou, o atacante é monitorado de perto por clubes da China e conversa ainda com o Rubro-Negro por uma valorização contratual.
Comprado ao Santos no início do ano por R$ 22 milhões, BH quadruplicou seu preço em 2019. Para tirá-lo do Flamengo, será necessário desembolsar no mínimo R$ 90 milhões (€ 20 mi), e a percepção de seus agentes é de que algo neste patamar seja oferecido por algum clube chinês.
Salah e Bruno Henrique Flamengo e Liverpool — Foto: REUTERS/Ibraheem Al Omari
Em processo de reformulação dos critérios para presença de estrangeiros, o país tem janela aberta até o dia 29 de fevereiro. Um grupo de scouters acompanhou de perto Bruno Henrique no segundo semestre a pedido de intermediários que trabalham no fortalecimento do nome entre gigantes da China.
Paralelamente à movimentação externa, o Flamengo iniciou as conversas por uma readequação contratual. O vínculo atual do camisa 27 vai até o final de 2021, mas desde a contratação seus empresários desejam um acordo mais longo. A negociação agora é por mais 12 meses.
A movimentação, por sua vez, ainda é tratada com paciência por ambos os lados. Por objetivos distintos, Flamengo e Bruno Henrique aguardam o desenrolar do mercado para tratarem do tema.
Artilheiro do Carioca, craque do Brasileirão e da Libertadores e bola de prata do Mundial de Clubes, Bruno Henrique esquivou-se ao falar sobre o futuro ainda em Doha:
– Estou tranquilo em relação a tudo que falam de negociações, para mim não chegou nada, para o Flamengo também não. Vou para minhas férias tranquilo, descansar depois desse ano desgastante, muito feliz pelo ano que fiz.
Prestes a completar 29 anos, Bruno Henrique vive o melhor momento na carreira, marcou 35 gols no ano e foi figura determinante para o chamado ano mágico do Flamengo. A idade e o fato de ter tido passagem discreta pela Alemanha dificultam o acesso ao mercado europeu, mas não inviabilizam.
De férias, Bruno Henrique terá um início de 2020 movimentado. Coisas de quem está em “outro patamar”.
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