Patinho feio na base, Paquetá enfim virou cisne. Titular do Flamengo, que enfrenta o Internacional, pelo Brasileiro, neste domingo, às 16h, no Maracanã — diante de mais de 54 mil torcedores —, o meia de 20 anos é inspiração na ilha onde foi criado e que lhe deu novo sobrenome. O menino Lucas deu os primeiros passos na Praia da Moreninha, local que inspirou o romance de Joaquim Manuel de Macedo, antes de viver no Flamengo um verdadeiro folhetim.
ANÁLISE: Paquetá rege a evolução do Flamengo de Barbieri
Apesar do talento, Paquetá lutava desde o infantil contra uma dificuldade de desenvolvimento físico. “Será que eu vou crescer?”, perguntava à mãe, Cristiane. Cresceu. E bastante. Do alto de seu 1,80m, o jovem adquiriu força e reuniu capacidades mental e de adaptação, elogiadas no clube, para se transformar num jogador com grande perspectiva de sucesso no cenário mundial.
— A gente olha as pessoas comentando, a ficha não caiu. Nosso filho está um homem. Maravilhoso ver o que ele se tornou — conta a mãe, cabeleireira, que largou o trabalho para “viver o sonho” do menino.
O pai, Marcelo, militar do Exército, dava o suporte, assim como o empresário Eduardo Uram, que acreditou mesmo quando o Flamengo teve dúvidas e quando o antigo fornecedor de material esportivo rompeu o contrato do jogador por causa do corpo franzino.
O avô, Altamiro, conhecido como Seu Mirão, era quem atravessava o Rio de Janeiro para tentar tornar o sonho realidade. Falecido pouco depois de Paquetá subir aos profissionais, pôde receber a notícia de que o esforço deu certo. Antes de Lucas, a família tentou a sorte com o primogênito, Matheus, que jogou na base do Flamengo, mas, aos 23 anos, ainda não alcançou a projeção do caçula. As dificuldades serviram de lição e tornaram Paquetá um irmão mais novo maduro.
— O Lucas é mais novo, mas ele que puxa a orelha do irmão. É mais velho de espírito — acredita Cristiane, que teve ajuda dos pais do zagueiro Lincon para levar Paquetá aos treinos, quando o sogro e a mãe já não podiam mais por causa de problemas de saúde.
Entre a família, hoje, o lado brincalhão de Paquetá fala mais alto. Namorando Maria Eduarda, que trabalhava na nutrição do Flamengo e ajudou em todo o processo, o jogador faz o tipo caseiro.
— Esse lado criança dele é o melhor. É um homem jogando, mas em casa brinca com a família, fica fazendo dancinha. Ele é motivo de inspiração — derrete-se a mãe, orgulhosa.
Hoje em dia, Paquetá faz o trajeto inverso. Vai até a Ilha visitar a avó e ajuda crianças do Municipal Futebol Clube, onde o falecido avô era treinador, com bolas e chuteiras. No futuro, o jogador e sua família pretendem investir em um projeto para revelar novos “Paquetás”.
GUERRERO RELACIONADO
A trajetória de Paquetá no Flamengo é tão árdua como a viagem da Ilha ao Ninho do Urubu. De pé às 5h para o treino da manhã e de volta em casa 1h da madrugada após a atividade da tarde, o jogador conviveu com incertezas ao longo de toda a base, e até o técnico Reinaldo Rueda apostar nele no profissional.
Logo que chegou ao clube, não havia categoria para os nascidos em 1997. Paquetá precisou entrar uma acima, e foi acolhido pelo técnico Mauro Félix. Na sub-13, teve Gilmar Popoca como treinador.
— Ele sempre foi um garoto franzino, e isso gerava dúvidas para certas pessoas muitos imediatistas. A verdade é que por muito pouco ele não foi mandado embora — lembra Popoca.
O Flamengo renovou o contrato de Paquetá em 2017 e aumentou a multa para € 50 milhões.
O atacante Guerrero foi relacionado para o jogo de hoje.
Share this content:
O Flamengo continua sua trajetória de recuperação no Campeonato Brasileiro Feminino. Na tarde de quinta-feira…
O Flamengo saiu na frente diante do Amazonas na terceira etapa da Copa do Brasil.…
O Flamengo entrou em campo na última quarta-feira (01) para enfrentar o Amazonas no jogo…
O Flamengo saiu vitorioso diante do Amazonas por 1 a 0 no Maracanã, em jogo…
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, encontra-se no último ano de seu mandato, que se…
O Flamengo conquistou uma vantagem significativa na disputa com o Amazonas por uma vaga nas…
This website uses cookies.