O próximo sábado (16) marca a inauguração da Arena Botafogo após a reforma do estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador. O anfitrião adaptou o espaço para suprir as ausências de Maracanã e Engenhão pelos Jogos Olímpicos Rio-2016 e recebe o Flamengo no clássico das 16h (de Brasília), pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo é considerado de risco pela Polícia Militar por conta da rixa entre as torcidas organizadas e pela realização em um "novo território".
Para evitar problemas, o esquema de segurança será semelhante ao adotado nos clássicos em São Januário. O objetivo do Gepe (Grupamento Especial de Policiamentos em Estádios) é escoltar e isolar a torcida visitante, de forma a impedir o encontro das organizadas.
Os 1.500 bilhetes destinados aos rubro-negros estão esgotados. Uma reunião será realizada nesta quinta-feira (14) com os líderes das torcidas para definir os pontos de encontro e atuação junto ao Gepe.
"É um planejamento bem semelhante ao adotado em São Januário. O estádio da Ilha tem a área de estacionamento dentro do setor de visitantes. Vamos escoltar as organizadas do Flamengo nos ônibus. Elas terão acesso ao estádio já depois desse setor. O procedimento será o mesmo para os times de fora do Rio de Janeiro que enfrentarem o Botafogo", explicou o major Sílvio Luiz, comandante do Gepe.
A torcida do Flamengo ficará no setor sul e só terá acesso ao estádio pela Rua Gustavo Augusto de Rezende. A área será isolada pela PM para evitar tumultos. Já os botafoguenses têm os setores norte, oeste e leste. Não haverá venda de ingressos no dia do clássico e a Polícia Militar quer evitar a circulação de torcedores sem as entradas pelos arredores.
Mais de 250 PMs serão responsáveis pelo patrulhamento entre homens do Gepe, Choque, 17º Batalhão, Cavalaria e Operações com Cães. Os conhecidos locais de confronto na Ilha do Governador serão monitorados desde a manhã de sábado. Tudo para impedir que problemas graves aconteçam em um duelo que preocupa as autoridades.
"É um jogo de risco. Todo clássico é assim. As organizadas têm rivalidade e buscamos ações preventivas para minimizar os problemas. Conseguimos evitar muitos episódios no entorno de São Januário. Vamos atuar em conjunto para desenvolver o mesmo trabalho na Ilha. Teremos segurança", encerrou o major Sílvio Luiz.
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