Em Brasília, está em curso a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas. Na última quinta-feira (06), Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, prestou seu depoimento. No entanto, uma declaração do ex-juiz chamou a atenção, ao afirmar que o árbitro de vídeo não é obrigado a exibir todos os ângulos disponíveis.
— *O protocolo VAR da FIFA estabelece que não é obrigatório verificar todas as câmeras. Caso contrário, o jogo seria constantemente interrompido. O VAR não opera dessa forma. Protocolarmente, um árbitro de vídeo não tem a obrigação de mostrar ao árbitro de campo todos os ângulos disponíveis na cabine. Nem todos os ângulos que ele visualizou, visto que… [interrompido por um senador] Ele pode escolher. Mas é um protocolo* — afirmou Seneme.
O senador Carlos Portinho acusou a arbitragem brasileira de não exibir imagens do VAR na virada do Palmeiras sobre o Botafogo, por 4 a 3, em um jogo que praticamente garantiu o título do Brasileirão do ano passado. O político declarou que irá solicitar a abertura de uma investigação no relatório da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas.
— *O que me preocupa é que essa imagem estava sempre lá. Isso é escandaloso. E o torcedor não teve acesso a essas imagens durante a transmissão, somente foram reveladas posteriormente. Acredito que uma investigação deve ser realizada. O árbitro de campo acertou de primeira, e então vieram um monte de opinadores da cabine. Os do VAR atrapalharam o árbitro de campo. Mais do que atrapalhar, omitiram a imagem que era crucial para a decisão correta, que já estava correta desde o início. Isso é manipulação de imagem* — disse Portinho.
Dessa forma, a CPI das apostas esportivas tem como presidente o senador e jornalista Jorge Kajuru, com a participação do senador e ex-jogador Romário. Personalidades como John Textor, proprietário da SAF Botafogo, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e agora o presidente da Comissão de Arbitragem foram ouvidas, de fato.
Publicado em colunadofla.com
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