Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), comentou sobre a mobilização dos atletas contra a utilização de grama sintética. O dirigente destacou que a entidade está conduzindo um estudo acerca dos efeitos da grama artificial e solicitou que os clubes discutam abertamente este assunto.
— Respeitamos todas as opiniões, independentemente de quem as emita, especialmente as dos jogadores que atuam. Mais do que a CBF, são os próprios clubes que empregam os atletas diretamente. A CBF, como sempre, facilitará o debate entre os clubes. Já existe um movimento dos atletas afirmando que isso é prejudicial. A CBF, através da Comissão Nacional Médica e do doutor Jorge Pagura, está realizando uma investigação bastante detalhada no Brasil, sem recorrer a estudos internacionais. O Pagura irá apresentar os resultados, que podem servir de base para os clubes e jogadores -, afirmou, antes de concluir:
— A CBF, reafirmando mais uma vez, é uma entidade democrática. O assunto pertence aos clubes e aos atletas. Considero que é de extrema importância, mas ao mesmo tempo é um tema bastante complexo. Trata-se de uma competição que os clubes devem discutir e explorar mais a fundo. A CBF, na função de árbitra, tomará as providências que forem necessárias. Esse tópico deve ser abordado pelos clubes na reunião presencial do conselho técnico – finalizou.
Em razão da mobilização dos jogadores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reuniu todos os dados sobre lesões da temporada 2024 para avaliar o impacto do gramado sintético. Após essa análise, a entidade decidirá sobre a possibilidade de proibir ou não a utilização da grama artificial.
Atualmente, apenas dois clubes fazem uso da grama sintética na Série A do Campeonato Brasileiro: Palmeiras, que joga no Allianz Parque, e Botafogo, que utiliza o Estádio Nilton Santos. Os demais estádios possuem gramado natural, com algumas pequenas adições de tecido sintético.
Publicado em colunadofla.com
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