Imprensa, torcida e dirigentes querem a saída do técnico, mas presidente e CEO da SAD do Encarnado tentam esperar até maio
O caldo entornou para Jorge Jesus no Benfica. Após a derrota por 3 a 0 para o Porto, nessa quinta-feira (23), que resultou na eliminação benfiquista na Taça de Portugal, a pressão aumentou consideravelmente em cima do técnico. Imprensa, torcedores e parte dos dirigentes pedem a saída imediata do Mister, mas ainda há quem peça paciência, pelo menos até o dia 30 (próxima quinta-feira).
Rui Costa e Domingos Soares de Oliveira, presidente e CEO da SAD do Benfica, respectivamente, não são favoráveis à demissão de Jorge Jesus. Ambos já decidiram que o treinador não continuará após maio de 2022 – quando termina o contrato -, mas querem que o técnico cumpra o vínculo até o final, até para não pagarem a multa rescisória de 6 milhões de euros (cerca de RS 38,5 milhões na cotação atual).
A pressão, contudo, está muito forte. A torcida do Benfica e a imprensa portuguesa exigem a demissão imediata do treinador, pois entendem não ter mais clima para a continuidade do trabalho. Além deles, uma ala interna da diretoria encarnada também votam pela saída do técnico. Por isso, Rui Costa marcou uma reunião para decidir o futuro de Jorge Jesus, que pode não durar até dia 30 deste mês.
Presidente e CEO do Benfica querem que Jorge Jesus esteja no comando do time, pelo menos, até o clássico contra o Porto, na quinta-feira (30). Este duelo é válido pelo Campeonato Português, e uma derrota faz o Encarnado praticamente dar adeus à competição, pois o rival abriria sete pontos de diferença na tabela de classificação.
É verdade, no entanto, que Rui Costa está insatisfeito com o trabalho de Jorge Jesus. Não à toa, em caso de nova derrota para o Porto, a demissão do treinador é vista como “praticamente certa“. Por isso, os dirigentes do Flamengo – Marcos Braz, vice-presidente de futebol, e Bruno Spindel, diretor executivo da pasta – adiaram o retorno de Portugal e monitoram de perto toda a situação.
Jorge Jesus, de 67 anos, é prioridade do Flamengo para 2022. O treinador, inclusive, já sinalizou que aceita retornar ao clube carioca, mas, para isso, precisa ser demitido do Benfica. Não existe a possibilidade de o técnico pedir para sair. O Fla, então, aguarda até o início de janeiro, pois, se o Mister não for mandado embora, o Rubro-Negro intensificará a negociação pelo plano B.
Por outro lado, caso Rui Costa ceda à pressão e demita Jorge Jesus já nos próximos dias, o Flamengo deve anunciá-lo ainda em 2021, pois os dirigentes desejam retornar ao Brasil até o dia 30 de dezembro. O planejamento para 2022 também precisa ser agilizado, e o Rubro-Negro sabe que já passou do tempo de colocar em prática as ideias para o próximo ano. Para isso, contudo, o Fla tem que acertar com o novo comandante.
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