O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, garante que tem intenção de contar com o Fluminense com o parceiro em uma possível gestão do Maracanã. No entanto, afirma que a manutenção das mesmas vantagens que o Tricolor tem em seu contrato com a atual concessionária seria inviável. Em entrevista ao “Seleção SporTV”, o dirigente defendeu uma nova licitação do estádio como a melhor solução, já que existem denúncias sobre a licitação original, feita em 2013.
– A gente gostaria que o Fluminense entrasse junto conosco, fosse
nosso parceiro no grupo que vai vencer, espero, a licitação, e que a
gente possa definir uma utilização do Maracanã que seja boa para as duas
partes. O atual contrato do Fluminense, agravou para a concessionária,
tanto é que ela teve prejuízos seguidos. O próprio Fluminense concordou
em fazer um aditivo recentemente, o que piorava o contrato em parte, mas
dava um pouco mais de realidade ao contrato existente. No caso do
Flamengo, antes de surgir todas essas denúncias, o Flamengo admitia
fazer parte de um grupo para comprar a atual concessão. A gente já tinha
um contrato firmado, por escrito, com o Fluminense, com outras
condições. Em uma nova licitação, tudo é zerado. Mas eu acho impossível
que dois clubes da grandeza de Flamengo e Fluminense não consigam se
entender para utilizar o estádio de maneira conjunta – disse Eduardo Bandeira de Mello.
LEIA MAIS:
+ Presidente do Fluminense pede gestão “isenta” do Maracanã
A nova licitação, porém, ainda não foi anunciada. Se não acontecer, o atual consórcio fechou um acordo com a empresa francesa Largardère, que assumiria o contrato já assinado com o governo do Rio. Assim, os franceses também teriam de cumprir o acordo entre o consórcio e o Fluminense.
Eduardo Bandeira de Mello afirmou que a indefinição do governo do Rio atrapalha o Flamengo, mas diz que não pretende fazer pressão por uma decisão rápida. Ao mesmo tempo, o presidente rubro-negro diz que o clube planeja o ter seu próprio estádio. Se a Lagardère ficar com o Maracanã, o dirigente diz que não jogará no maior palco do Rio e que o clube da Gávea terá uma arena de grande porte.
– Isso atrapalha muito, não é culpa nossa. Estamos aguardando uma
definição sobre o Maracanã há algum tempo. Esse processo de nova
licitação chegou a ser deflagrado há um ano, foi interrompido, se voltou
para a situação da transferência da concessão. Aí depois, por conta do
parecer do Tribunal de Contas, da ação do Ministério Público, das
denúncias, se voltou agora em boa hora a nova licitação. Estamos
aguardando. Eu não gostaria de colocar um prazo. Não seria nem
simpático. O Flamengo quer colaborar. É claro que, em algum momento,
vamos ter que partir para uma solução nossa. Sei que o Fluminense também
tem projetos de estádio próprio. O tamanho, a capacidade desse estádio
próprio, vai depender da definição do Maracanã. Se nós tivermos boas
condições para utilizar o Maracanã, podemos construir um estádio
pequeno, para os jogos de menor apelo, para as categorias de base. Mas,
se o Maracanã for entregue a atravessadores, para empresas hostis, vamos
lamentar e vamos partir para um projeto de estádio de médio ou grande
porte próprio do Flamengo.
Bandeira de Mello ainda vê com bons olhos uma possível participação de Vasco e Botafogo em uma possível gestão compartilhada do Maracanã. Mas reconhece que, com São Januário e Nilton Santos, ficará difícil que os dois assumam uma parte das despesas fixas.
– Seria ótimo se isso pudesse acontecer. Hoje, o Botafogo e o Vasco não
são colocados como interessados na gestão do Maracanã, porque têm seus
estádios para administrar. O Vasco é proprietário de seu estádio, São
Januário. E o Botafogo é concessionário de um estádio público. Por conta
disso, não são potenciais interessados na gestão do Maracanã. Mas, para
o Flamengo, quanto mais gente participar do consórcio, melhor porque
vamos poder dividir as despesas. O Maracanã é um estádio caro, custa de
R$ 30 a 40 milhões por ano só para mantê-lo aberto. Não é uma coisa
trivial. Se os outros clubes grandes do Rio de Janeiro quisessem dividir
essa conta conosco, a gente poderia rachar essa dispesa e cada um
administraria os seus jogos. Os quatro grandes do Rio sempre usaram o
Maracanã. Mas acho que é a realidade que nós temos é a utilização mais
intensiva de Flamengo e Fluminense.
O presidente do Flamengo afirmou ainda que gostaria que todo o complexo do Maracanã estivesse na licitação, pois assim atrairia mais parceiros. No entanto, também estaria interessado em assumir apenas o estádio.
– A informação que nós temos é que seria o Maracanã e o Maracanãzinho.
Se fosse o complexo global, seria mais interessante para atrair outras
empresas, investidores que queiram ser nossos parceiros. Mas, mesmo que
seja só o Maracanã, o Flamengo se interessa e temos já tudo
esquematizado, estudado, há mais de dois anos. Temos certeza de que
vamos transformar em um negócio atrativo do ponto de vista esportivo e
econômico.
Share this content:
O Flamengo conquistou o título da Copa do Brasil nesta temporada ao enfrentar o Atlético-MG,…
A temporada do futebol brasileiro está se aproximando do seu término, e os clubes já…
Gabigol retornou a campo vestindo a camisa do Flamengo na partida contra o Fortaleza, realizada…
Gerson atravessa um momento excepcional com a camisa do Flamengo, onde exerce a função de…
A 35ª rodada do Campeonato Brasileiro chegou ao fim. Na última quarta-feira (27), as equipes…
O Flamengo se prepara para entrar em campo neste domingo (01) contra o Internacional, em…
This website uses cookies.