Presidente do Flamengo, Landim responde a Textor sobre polêmica de fair play financeiro no Botafogo

Flamengo e Botafogo se encontraram no dia 18 de agosto, entretanto, a partida ainda não chegou ao fim. Após o confronto, o presidente rubro-negro Rodolfo Landim fez comentários irônicos sobre os investimentos do rival no ano e defendeu a necessidade de fair play financeiro. O proprietário da SAF do time alvinegro, John Textor, respondeu às críticas. Nesta quinta-feira (12), o líder do Mengão fez uma réplica.

— *Foi apenas um comentário que fiz, pois os torcedores estavam incomodados com a boa janela de contratações do Botafogo. Naquele momento, o Flamengo havia realizado apenas uma contratação, a do Michael, ainda não havia feito outras. Um torcedor disse ‘o Botafogo já está contratando muita gente, vocês não estão contratando’. Estávamos trocando mensagens em um grupo e alguém mencionou ‘o problema é que estamos em um país sem fair play financeiro, sem regras’ — ressaltou o presidente do rubro-negro no podcast ‘Oh, Meu Mengão’.

— *O Botafogo arrecadou R$ 322 milhões no ano passado, enquanto o Flamengo arrecadou R$ 1,37 bilhão. Ou seja, R$ 1 bilhão a mais do que o Botafogo. E o Botafogo já havia investido R$ 322 milhões para pagar todas as suas despesas e folhas salariais. O Botafogo investiu uma vez e meia o valor total que arrecadou no ano anterior — acrescentou Landim.

Na última segunda-feira (09), Flamengo, Palmeiras e outros clubes lideraram reuniões para discutir a implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Durante a entrevista concedida nesta quinta-feira (12), Rodolfo Landim atualizou o andamento das discussões.

— *A própria Comissão Nacional de Clubes, da qual participo como convidado, começou a abordar o fair play financeiro como um tema de discussão. Então, a pessoa investe ou contrai dívidas em um clube aqui, mas contrata jogadores caros, que jogam por um ano ou seis meses aqui e passam os outros quatro anos em outro clube do mesmo grupo, em um país onde existe fair play financeiro — continuou Landim.

— *Você empresta o jogador por um valor baixo para jogar em outro país. Isso é uma maneira de burlar o fair play financeiro do outro país. Porque, na realidade, você está pagando pouco, mas está perdendo muito dinheiro aqui. Aqui no Brasil não há controle, é uma terra sem regras, vale tudo. Se não implementarmos uma regulamentação aqui, estaremos abrindo caminho para todos os lugares que possuem fair play financeiro — concluiu.

Publicado em colunadofla.com

Share this content: