Alguns clubes do Brasil têm adotado o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No Rio de Janeiro, Vasco e Botafogo, por exemplo, estão sob o controle de estrangeiros. Enquanto isso, no Flamengo, o tema está em discussão, com o presidente Rodolfo Landim favorável à mudança. O presidente do São Paulo, Julio Casares, mencionou o Rubro-Negro como um clube com potencial para não aderir à SAF e criticou o trabalho de John Textor, proprietário do time de General Severiano.
— *SAF veio, principalmente, para ‘salvar’ clubes que estavam em dificuldades financeiras. Não vou mencionar nomes, mas todos sabem… Mas SAF não é a solução para todos os problemas. Não sou contra, mas é um processo que precisa ser amadurecido. São Paulo, Corinthians, Flamengo são clubes que precisam manter suas raízes. E é possível administrá-los sem a necessidade de ser uma SAF, desde que se estabeleça uma relação profissional* — afirmou Julio Casares, em entrevista ao ‘Casão Pod Tudo’.
— *Os clubes, todos eles com grandeza, dentro de um sistema, construíram um patrimônio. São Paulo, Corinthians, Flamengo, Palmeiras… Não estou dizendo que sou a favor desse sistema e rejeito a SAF, não, mas o São Paulo precisa analisar isso com calma* — acrescentou Julio Casares.
Além de elogiar a capacidade do Flamengo de se sustentar financeiramente, o presidente do São Paulo aproveitou para alfinetar o Botafogo. O clube gerido por John Textor esteve perto de conquistar o Campeonato Brasileiro no ano passado, mas teve uma queda abrupta no final e terminou em quinto lugar.
— *Darei o exemplo do Botafogo, que liderou o campeonato, é uma SAF, tem um grande empresário, mas no mesmo campeonato, trocou de técnico cinco vezes. Se fôssemos nós a fazer isso, os amadores, seríamos crucificados. Mas não, a SAF tem uma proteção ideológica* — destacou o presidente do São Paulo.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, já manifestou interesse em adotar o modelo de SAF no Rubro-Negro. No entanto, ele prioriza o sistema para o tão sonhado estádio do clube. A inspiração vem da Alemanha, onde o dirigente viajou algumas vezes para estudar a estrutura de negócios utilizada no país.
— *O que o Bayern (ALE) fez para poder construir seu estádio? Eles implementaram uma SAF. Inicialmente, tinham 100% da SAF e venderam três partes de 8,3% dela. Continuaram com 75,1% e, mantendo esse percentual, continuaram no controle do que estava em andamento. Estabeleceram uma estrutura de governança mais flexível* — comentou Landim, em dezembro do ano passado.
Enquanto o Flamengo é citado por outros clubes, a equipe de Tite se prepara para a próxima rodada do Campeonato Carioca. No domingo (25), o Mais Querido enfrenta o Fluminense, com o objetivo de ampliar sua liderança na competição. A partida acontecerá às 16h (horário de Brasília), no Maracanã.
Publicado em colunadofla.com
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