Esse é um dos lemas do clube, que frequentemente monta grandes equipes com jogadores provenientes das categorias de base. A política de aproveitar os jovens talentos tem apresentado resultados positivos na Copa São Paulo de Futebol Júnior, conhecida como a Copinha. De fato, o Rubro-Negro é tetracampeão da competição, conquistando o troféu em 1990, 2011, 2016 e 2018. Vamos relembrar como foram cada uma dessas campanhas.
A equipe base do Flamengo que se sagrou campeã da Copinha em 1990 era praticamente a mesma que conquistou o Campeonato Brasileiro adulto em 1992, o inesquecível penta. No entanto, a maioria dos jogadores fez história fora do Mengão, uma vez que Marcelinho Carioca, Djalminha, Junior Baiano, Paulo Nunes, entre outros, tornaram-se ídolos em clubes de São Paulo.
Durante a Copinha de 90, o Flamengo obteve sete vitórias, três empates e apenas uma derrota em 11 partidas. Um dos jogos mais memoráveis da campanha ocorreu quando o Mengão goleou os anfitriões, o Corinthians, por 7 a 1, no Pacaembu, com cinco gols marcados por Djalminha.
A grande decisão foi contra o Juventus, onde o Flamengo triunfou por 1 a 0, com um gol de Junior Baiano, levando a primeira taça da Copinha para a Gávea. Apesar de ser zagueiro, o baiano demonstrou instinto de atacante e anotou um golaço, de cobertura, com a ‘perna ruim’, que é a esquerda.
O bicampeonato da Copinha foi conquistado por promessas que não se firmaram no Flamengo. A equipe de 2011 contava com jogadores como César, Guilherme Negueba, Frauches, Rafinha, Lucas e Adryan. Na fase inicial, o Mengão conseguiu um empate e duas vitórias. No entanto, a fase de mata-mata foi repleta de emoções.
Nas oitavas de final, o Flamengo venceu o São Paulo por 1 a 0. Nas quartas, a vida foi um pouco mais tranquila, com uma goleada de 6 a 2 sobre o Coritiba. Em seguida, na semifinal, a equipe enfrentou uma disputa de pênaltis contra o Desportivo Brasil, onde César se destacou ao fechar o gol.
A grande decisão foi uma demonstração impressionante do poder da torcida do Flamengo. Com o Pacaembu repleto de rubro-negros, o bicampeonato foi garantido com gols de Frauches e Guilherme Negueba, de pênalti, assegurando a segunda taça para a galeria da Gávea.
O tricampeonato do Flamengo na Copinha foi marcado pelas jogadas e danças de Lucas Paquetá, então uma promessa rubro-negra. Além do habilidoso meia, o Mengão contava com jogadores como Léo Duarte, Thiago, Ronaldo, Felipe Vizeu e Matheus Sávio. Contudo, apesar da qualidade do elenco, a trajetória foi desafiadora, uma vez que o torneio contou com 112 equipes.
Na fase inicial, o Flamengo conquistou três vitórias. No primeiro mata-mata, venceu o Red Bull Brasil. Depois, a equipe superou Bahia, São Paulo e Atlético Mineiro até chegar à final. A decisão foi emocionante e simbolizou a superação do time sob o comando do técnico Zé Ricardo.
Na partida contra o Corinthians, com o Pacaembu lotado de torcedores rivais, os donos da casa abriram 2 a 0 no primeiro tempo e tiveram a oportunidade de aumentar a vantagem. Entretanto, o Flamengo se reorganizou na etapa final e empatou com gols de Trindade e Matheus Sávio, levando a disputa para os pênaltis. Na cobrança decisiva, Patrick Valverde converteu e silenciou o estádio.
A equipe composta por Hugo Moura, Hugo Souza, Ramon, Vinicius Souza e Bill trouxe o tetra para o Flamengo em 2018. Na fase inicial, o Mengão avançou com sete pontos, acumulando duas vitórias e um empate. Em seguida, no mata-mata, goleou o Elosport por 5 a 0. Depois, venceu o Coritiba por 1 a 0, mesmo resultado obtido na fase seguinte, contra o Audax.
Nas quartas e semifinais, Vitor Gabriel se destacou. Na quartas de final, o centroavante marcou um golaço, iniciando um solo desde o meio de campo e garantindo o 1 a 0 sobre o Avaí. Já na partida contra a Portuguesa, a equipe protagonizou uma virada emocionante por 3 a 2, no Canindé, com dois gols do atacante. Contudo, na ocasião, o jovem recebeu cartão amarelo e ficou suspenso.
Por ironia do destino, o substituto de Vitor Gabriel, então destaque da Copinha, tornaria-se o herói do título. Na final contra o São Paulo, Wendel abriu o placar para o Flamengo. Após o gol, a equipe ‘parou de jogar’ e foi pressionada pelo adversário. Com uma atuação fantástica do goleiro rubro-negro Yago Darub, o 1 a 0 se manteve até o final dos 90 minutos, e o tetra veio para o Mengão.
Desde a conquista do tetra, o Flamengo passou a não valorizar tanto a Copinha. Isso se deve ao fato de que o calendário das categorias de base passou por alterações, e o Mengão foca em competições como o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Libertadores, a Supercopa, o Mundial e outras disputas da categoria. Por essa razão, o Rubro-Negro tem utilizado times reservas ou alternativos no torneio paulista.
Publicado em colunadofla.com
Share this content: