A camisa número 12 do Flamengo foi aposentada como uma homenagem à torcida, reconhecida como o “12º jogador” da equipe. Essa decisão foi tomada em 2007 e formalizada pelo clube, com o intuito de valorizar a importância e a paixão dos torcedores rubro-negros.
A proposta de atribuir a camisa 12 à torcida surgiu durante uma reunião do conselho deliberativo do clube e obteve a aprovação da maioria. Desde então, ou seja, desde 2007, nenhum jogador utilizou essa numeração, embora tenha havido uma breve exceção em forma de homenagem.
Ídolo da equipe, Julio Cesar foi o único atleta a vestir a camisa 12 nos últimos anos. Isso se deve ao fato de que o goleiro fez história com esse número durante sua passagem pelo clube nas décadas de 90 e 2000. Em 2018, ao se aposentar, o arqueiro recebeu o “Manto da torcida” em duas partidas, uma no Campeonato Carioca e outra no Brasileirão. Com o Maracanã lotado, a lenda do Mengão garantiu a vitória por 2 a 0 sobre o América-MG e pendurou as luvas de maneira grandiosa.
Goleiro do tricampeonato carioca de 2001 e responsável pelo famoso gol de Petkovic, que garantiu a conquista da Copa dos Campeões e da Copa Mercosul, Julio Cesar frequentemente afirma que o maior troféu que conquistou no Flamengo não teve forma de taça. Afinal, o goleiro desempenhou um papel crucial para manter a equipe na primeira divisão do Brasileirão.
Ao apresentar novos jogadores, o Flamengo geralmente entrega a camisa 12 aos atletas durante a coletiva de imprensa. Esse gesto é uma forma de prestar homenagem aos torcedores, que contribuíram para a contratação do jogador, principalmente através dos sócios-torcedores, que pagam mensalidades ao Rubro-Negro.
Em 2024, o Flamengo anunciou a contratação de Alex Sandro. O lateral esquerdo utilizou a camisa 12 por nove anos na Juventus, da Itália. Ao chegar ao Rio de Janeiro, o experiente jogador desejava continuar com essa numeração, mas foi informado sobre a homenagem à torcida. Assim, optou pela camisa 26, que foi a numeração que usou ao iniciar sua trajetória na Europa, pelo Futebol Clube do Porto (POR).
A homenagem do Flamengo gerou uma situação complicada em 2009. Naquela época, a Conmebol exigia numerações de 1 a 25 para os torneios organizados pela entidade. Portanto, quando o Mengão participou da Copa Sul-Americana, teve que utilizar a numeração 12. Na ocasião, Marcelo Lomba foi o “premiado”, mas não entrou em campo, permanecendo no banco de reservas.
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