"Seria bom, né". Rafael Vaz brinca com o status de zagueiro-artilheiro e com a chance de marcar contra o Flamengo. A sua passagem pelo rubro-negro dividiu opiniões e cabe ao torcedor decidir se foi boa ou ruim. Atualmente no Goiás, ele reencontrará o ex-clube pela primeira vez neste domingo, às 11h, no Maracanã, mas está tranquilo quanto à recepção das arquibancadas: se for vaiado, irá concluir que foi marcante de alguma forma.
– Sei que isso pode acontecer [ser vaiado]. Mas, estou mais maduro e tranquilo. Essas coisas que vem de fora estamos acostumados a não absorver. Estavámos até brincando [com o elenco do Goiás] agora pouco que, se isso acontecer, é porque marquei alguma coisa positiva ou negativa no clube. O mais importante é que estive no Flamengo jogando muitas partidas. Não dá para agradar a todos – conta.
Em entrevista, Vaz diz manter carinho pelo rubro-negro, mas sabe que ficou marcado pela Libertadores de 2017 – o clube foi eliminado na fase de grupos. Aos 30 anos e em alta no Goiás, acredita que seu futuro no Flamengo teria sido diferente se aquela queda não tivesse ocorrido.
– É dificil. Quando se fala em mudar, é porque algo foi muito errado. Algumas atitudes, sim. Hoje, o [Rafael] Vaz com mais experiencia poderia agregar mais. Muita gente fala que fui culpado [na Libertadores de 2017], muita gente fala que não, infelizmente ficamos marcados por coisas boas ou coisas ruins. Se tivéssemos passado, não teria nenhum tipo de crítica. Depois daquela eliminação veio a avalanche. Foi um divisor de águas praticamente.
Bandeira de Mello citou um ‘grupo de perseguidos’ no Flamengo…
Essa parte interna era tranquila. Era um grupo de [jogadores] perseguidos porque sabíamos que a torcida ia pegar no pé. O próprio presidente deixava os jogadores bem tranquilos fazer o que sabíamos. Eu nao me sentia tão perseguidos, mas claro, era meio que notório.
Quais as principais lembranças dos tempos de Flamengo?
Me lembro bastante do título carioca [de 2017], foi marcante para mim e para o Flamengo. Em 2016 também, a campanha que fizemos, ganhamos oito partidas seguidas [no Brasileirão]… Vejo essas etapas como super importantes na minha passagem.
Esse reencontro tem qual gosto para você?
Gosto doce, claro. Só levo boas lembranças comigo. Pude jogar 80 partidas por um clube tão grande quanto o Flamengo, isso me deixa muito feliz.
Ter saído do Vasco para o Flamengo atrapalhou a sua passagem?
Foi um pouco conturbado. Costumo dizer que me sinto honrado porque foram poucos jogadores que tiveram esse prazer. Fico feliz de poder olhar para a minha filha e falar para os meus amigos que não foi só o Romário [que jogou em Flamengo e Vasco], o Rafael Vaz também teve essa oportunidade.
Então, esse foi um dos motivos para as críticas?
Foi um dos motivos, sim. É dificil sair de um clube como o Vasco e ir para o Flamengo. Já sabia que isso poderia acontecer. Algumas críticas ocorreram por causa disso. Hoje, estar maduro é bom porque ganhamos experiência.
Ainda tem contato com Rodrigo Caetano?
É um homem que virei amigo pessoal. Sempre que possível, a gente se fala. Futebol é bom por isso, nós ganhamos muitos amigos. Tenho algum relacionamento com ele, sim, mas de muita amizade, de família, fora do futebol.
E com o Zé Ricardo?
Com o professor Zé [Ricardo], com certeza. Foi um cara que me ajudou muito, cresci no futebol por causa dele. Sempre que a gente pode tentamos nos encontrar ou falar por telefone.
Como o Goiás se prepara para vencer o Flamengo?
Sabemos que será uma partida complicada. Quando se fala de Maracanã e Flamengo, temos que estar preparados. Foi um privilégio nosso vê-los atuando antes para poder estudar a equipe. Não tem como falar qual será nossas armas, precisamos ver como essa partida vai se desenrolar.
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