Rebeca Andrade expressa sua gratidão ao Flamengo e destaca o papel do clube em suas vitórias: “Sempre recebi apoio”

Representando o Flamengo, Rebeca Andrade tornou-se a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos. Neste momento, a ginasta acumula dois ouros, três pratas e um bronze na história da competição. Ademais, suas conquistas em Paris 2024 solidificaram sua supremacia.

Ela declarou: ‘Vejo as conquistas como sendo de todos. De todos os brasileiros, não só minhas, mas da minha equipe, do meu time, dos profissionais que me acompanham no dia a dia, da minha família, dos fãs. São conquistas do Brasil, cada um tem um pedacinho das medalhas que ganhei. É claro que, para os rubro-negros, é mais especial porque sou atleta do Flamengo. Eu cresci no clube. Estou no Flamengo há 14 anos, é uma relação muito forte, estou lá desde os meus 11 anos, é uma vida ligada ao clube. Mas são títulos, vitórias que são de todos.’

Rebeca continuou: ‘Sempre tive apoio, suporte e muita atenção do Flamengo em todos os momentos. E é nos momentos mais difíceis, quando a gente precisa mais, que vemos o quanto isso faz diferença, o quanto é importante. Não só o clube, mas o COB também sempre esteve ao meu lado. É fundamental para o atleta saber que ele está amparado, saber que ele tem essa estrutura não só nos bons momentos, mas nos momentos não tão bons também. Sou muito grata a todos que fizeram e fazem parte dessa minha trajetória porque ajudaram a construir o que sou hoje.’

Apesar de seu sucesso, a trajetória de Rebeca Andrade também foi marcada por sérias lesões no joelho, resultando em três cirurgias no ligamento cruzado anterior (LCA). Em 2015, durante um treino para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, a ginasta rompeu o LCA do joelho direito pela primeira vez.

Posteriormente, em 2017, durante um treino no Mundial de Montreal, Rebeca Andrade sofreu nova ruptura do ligamento. Finalmente, em 2019, a ginasta torceu o joelho operado durante uma prova do Campeonato Brasileiro, necessitando de uma nova cirurgia reparadora.

No Flamengo desde 2011, Rebeca passou pelas três cirurgias no joelho com o apoio do clube e, além disso, do COB. Agora, devido ao grande desgaste e às fortes dores, a ginasta não competirá mais no solo. Portanto, a atleta concentrará seus esforços em outras provas, como salto, trave e barras assimétricas.

O primeiro pódio da ginástica artística feminina do Brasil em Jogos Olímpicos ocorreu em Tóquio 2020. Naquela ocasião, com 22 anos, Rebeca popularizou o ‘Baile de Favela’ no solo. Com 52.298 pontos nos quatro aparelhos (solo, barras assimétricas, salto e trave), a atleta conquistou a medalha de prata no individual geral. Em última análise, a americana Sunisa Lee ficou com o ouro (57.433), enquanto o bronze foi para a russa Angelina Melinkova (57.199).

Depois disso, já com a medalha do individual geral garantida, Rebeca se permitiu arriscar na final do salto de Tóquio 2020. Sendo a terceira a se apresentar, a ginasta do Flamengo obteve nota 15.083, tornando-se a única a ultrapassar os 15 pontos. Assim, a ginasta conquistou o primeiro ouro olímpico para a categoria feminina do Brasil.

Após o desempenho histórico em Tóquio 2020, Rebeca Andrade partiu com grande determinação para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Como líder da equipe, a atleta conduziu o Brasil à primeira medalha por equipes da história da ginástica brasileira. Assim, juntamente com Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares, o time obteve nota 164.497 e conquistou a medalha de bronze.

Na segunda final em Paris 2024, Rebeca repetiu a prata de Tóquio no individual geral, com 57.932 no somatório dos quatro aparelhos. Com isso, a brasileira ficou atrás apenas da americana Simone Biles. A título de comparação, nas avaliações de execução, a ginasta do Flamengo superou Biles no salto, barras assimétricas e solo.

Em busca de mais medalhas, Rebeca participou da final do salto. Após obter nota 15.100, a ginasta do Flamengo garantiu a prata. Por fim, o tão almejado ouro ficou reservado para o solo. Na ocasião, a ginasta levou Beyoncé e Anitta para animar o ginásio de Paris. Superando Simone Biles com uma apresentação impecável e nota 14.166, a atleta conquistou o primeiro título olímpico da história da ginástica brasileira.

Com as quatro medalhas em Paris 2024 e as duas em Tóquio 2020, Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil. Isso porque, com seis ‘títulos’, a atleta ultrapassou os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que possuem cinco medalhas cada.

Vale destacar que na última terça-feira (26), o Flamengo anunciou a renovação do contrato com Rebeca Andrade. Aos 25 anos e no clube desde 2011, a ginasta continuará fazendo parte do time rubro-negro. Agora, o vínculo da atleta com o Mais Querido se estende até o final de 2028.

Publicado em colunadofla.com

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