O Peñarol (URU) e o Botafogo se encontram nesta quarta-feira (23) para o jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores, no Engenhão. Entretanto, as horas que antecederam a partida foram marcadas por cenas deploráveis nas ruas do Rio de Janeiro, onde torcedores uruguaios realizaram arrastões e promoveram vandalismo. Como resultado, dois dirigentes do clube ‘hermano’ mencionaram o Flamengo como ‘responsável’ pela confusão generalizada.
“A polícia permitiu a passagem de torcedores do Flamengo e do Botafogo até o local de encontro onde estavam os torcedores do Peñarol. A responsabilidade é toda da polícia”, afirmou Jorge Niremberg, diretor do Peñarol, em entrevista à rádio uruguaia Carve Deportiva. Um agente uruguaio também fez declarações sobre o Flamengo.
“Encontrei duas mil pessoas do Flamengo e do Botafogo armadas com armas de fogo, pedras, colocando fogo nos ônibus. Não somos robôs, tentamos nos defender. É uma falta de respeito, de humanidade, de tudo”, acrescentou Chino Lasalvia, agente de jogadores que está no Rio de Janeiro acompanhando a delegação do Peñarol.
Torcedores do Peñarol ‘destruíram tudo’ na Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da tarde desta quarta-feira (23). Os uruguaios utilizaram paus e pedras para atacar banhistas e policiais militares. Além disso, estabelecimentos comerciais foram saqueados e um ônibus foi incendiado. A Polícia do Rio de Janeiro prendeu mais de 200 ‘hinchas’. A expectativa é que esse grupo não assista ao confronto contra o Botafogo, marcado para às 21h30 (horário de Brasília).
Dessa forma, o lateral do Flamengo, Guillermo Varela, também se envolveu na confusão, ainda que indiretamente. O jogador foi visto entre os torcedores uruguaios, mas, segundo sua versão, estava lá para resgatar dois amigos que se encontravam no meio da briga. É importante ressaltar que o camisa 2 é oriundo do Peñarol, o que significa que ainda mantém vínculos com o semifinalista da Libertadores.
“Nação Rubro-Negra, como registrado nas redes sociais, estive na Praia do Recreio para resgatar dois amigos que estavam apavorados com a confusão. Não participei de nenhum ato de violência. Perdemos contato assim que cheguei ao local. Esperei por 15 minutos e fui abordado por policiais militares que estavam realizando seu trabalho”, escreveu Varela em suas redes sociais.
“Após a situação ser resolvida, fui para um almoço com meus companheiros e a comissão técnica. Já conversei com o vice-presidente de futebol, Marcos Braz. Portanto, peço desculpas pelo mal-entendido e reafirmo meu compromisso em levar o Flamengo a conquistar títulos!”, acrescentou o lateral.
Publicado em colunadofla.com
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