Na última sexta-feira (12), o Flamengo sacramentou a contratação do jovem Gerson, meio-campista de 22 anos revelado pelo Fluminense e que pertencia à Roma. Adotando postura extremamente ofensiva no mercado de transferências, o clube carioca foi atrás do camisa 8 de forma definitiva, sacramentando aquisição de 100% de seus direitos econômicos por incríveis 11,8 milhões de euros (cerca de R$ 49,7 milhões), valor total superior ao que foi pago em meados do ano passado para a contratação do meia-atacante Vitinho.
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É fato que a contratação foi recebida com empolgação por grande parte da torcida rubro-negra nas redes sociais, por ser mais uma demonstração de força financeira/administrativa do clube e por se tratar de um jovem e talentoso jogador. Esses, por sinal, são pontos quem fazem desta negociação uma movimentação válida por parte do Flamengo: além de reafirmar sua posição de protagonismo – conseguindo trazer jogadores da Europa -, o investimento foi feito em um atleta muito novo e que concentra enorme potencial de revenda futura, caso brilhe com a camisa rubro-negra nas próximas temporadas.
No entanto, há também alguns riscos em torno desta contratação, como o fato de Gerson jamais ter emplacado sequência de jogos na função de segundo volante. No Fluminense e em sua passagem pela Itália, o jovem jogador somou algumas atuações pontuais nesta função mais recuada, mas não foi bem. Sua indisciplina para recompor e colaborar nos momentos defensivos sempre esteve sob holofotes e questionamentos, sendo este um dos motivos para suas oscilações de prestígio nas Laranjeiras, na Roma e na Fiorentina.
Indiscutivelmente talentoso, de passe refinado e boa finalização de média/longa distância, sua dedicação e coletividade sempre foram os pontos fracos de seu jogo, cenário que Gerson precisará mudar rapidamente se quiser encaixar na filosofia de Jorge Jesus. O comandante português valoriza ao máximo a entrega e a doação de seus jogadores em prol do equilíbrio e bom funcionamento do sistema tático desenhado, muito em função do treinador ter plena consciência de que uma peça não-encaixada ou desobediente às obrigações defensivas pode fazer desmoronar todo um plano de jogo.
Como foi o próprio Jesus que avaliou/aprovou a vinda de Gerson, resta ao torcedor rubro-negro torcer para que o recém-chegado assimile a função que lhe foi designada de antemão e que ele incorpore o espírito de ‘jogo total’ que a comissão técnica tenta implementar na Gávea. Se o encaixe acontecer, tal negociação pode vir a se provar valiosa ao Flamengo, já que técnica não falta ao garoto de 22 anos.
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