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Rômulo Moreira: “Futebol, sofrimento e poesia”

O famoso filósofo alemão Friedrich Nietzsche já dizia que o sofrimento é necessário para criar valores e alcançar um novo patamar. O ato de sofrer leva ao autoconhecimento e, obviamente, à melhor tomada de decisão. Nos faz, portanto, pensar de forma consciente ao invés de ficar passivo aos mistérios do inconsciente.

Nesse sentido, é possível pensar na importância do significado no âmbito esportivo. O Flamengo vive uma fase especialíssima na sua lendária história de 124 anos. Às vésperas da partida decisiva pela final da Libertadores contra o River Plate, o clube enfrentou o Grêmio, rival de semifinal da própria competição sul-americana, que traz boas lembranças, já que foi atropelado por 5 a 0 no Maracanã. Neste contexto, a partida foi marcada por variáveis dramáticas: vários jogadores suspensos e o time reserva; alguns atletas ainda sem o ritmo ideal de jogo; e o adversário com sede de vingança.

O Mengão passou no vestibular antes da batalha final do próximo sábado. O jogo pelo Brasileirão não só encaminhou o título, como também, deixou evidente a evolução mental deste grupo. Apesar do bom primeiro tempo, no qual a equipe demonstrou que compreende bem o que fazer quando estiver com e sem a bola e, portanto, soube explorar as falhas no sistema defensivo da equipe rival. A segunda etapa, por sua vez, foi completamente distinta. O tricolor dominou o ritmo de jogo e ficou majoritariamente com a redonda. Além disso, as coisas ficaram mais difíceis, quando o artilheiro Gabigol foi expulso. Os gaúchos tiraram um jogador do setor do meio e passaram a atacar com um maior número de atletas.

No final, o Flamengo superou tudo. O lado psicológico saiu fortalecido, pois a todo momento o time estava concentrado. Ele sabia compactar as linhas e ser preciso na fase defensiva. O rubro-negro mostrou que sabe tolerar as adversidades. O tempo é agora. A próxima parada é ir a Lima e matar a ansiedade de todos que estavam esperando por este momento histórico.

Fazer a história é encontrar uma narrativa que amenize a angústia de toda uma nação que pede “o mundo de novo”. Finalmente, o sofrimento diz respeito à negativação da dor e, consequentemente, ressignificação do próprio conceito de imortalidade para toda uma geração.

Fonte: https://colunadofla.com/2019/11/romulo-moreira-futebol-sofrimento-e-poesia/

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Redação Flamengo RJ

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