Rueda é apresentado no Ninho do Urubu: “Um grande orgulho”

Encerradas as atividades desta segunda-feira no Ninho do Urubu, o novo comandante rubro-negro Reinaldo Rueda foi apresentado na Sala de Imprensa Victorino Chermont. Ao lado do presidente Eduardo Bandeira de Mello e do diretor de futebol Rodrigo Caetano, Rueda demonstrou toda sua satisfação ao iniciar nessa nova etapa de sua carreira.

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“Estou muito contente por estar nessa grande instutuição aproveitando essa oportunidade. Vamos buscar essa reação que o Flamengo, como uma equipe grande, necessita. É um grande orgulho e uma satisfação fazer parte do corpo técnico do Flamengo. Espero cumprir com as expectativas. Será um grande desafio, mas teremos muita dedicação, um grande compromisso para cumprir o que o presidente, os torcedores e a família Flamengo, como um todo, desejam”, disse o treinador.

Além das conquistas, Rueda é reconhecido pela ofensividade de suas equipes. O colombiano deixa claro que, nesse caso específico, esse estilo de jogo está enraizado no clube, ressaltando o espírito do elenco. As possíveis formações, no entanto, serão definidas de acordo com o plano de ação para cada partida.

“É um grupo a quem dói perder, eu vi isso ontem. Quando o presidente me apresentou ao grupo, se sente que são jogadores que lhes dói perder, e querem reagir. Há uma grande disposição de trabalho, creio que um bom início será importante. O estilo é do Flamengo, é o DNA do Flamengo, a formação quanto ao sistema de jogo vai variar”, explicou.

Desde antes de sua chegada, as mensagens recebidas pelo treinador através de suas redes sociais foram inúmeras. Um desejo antigo de grande parte da Nação Rubro-Negra, o novo comandante rubro-negro agradeceu pela recepção carinhosa por parte dos torcedores.

“Nossa gratidão aos torcedores pela recepção, por essa vontade de nos ter aqui como corpo técnico. Como disse antes, me dá muito orgulho. É algo histórico. Creio que faz 46 anos que o Flamengo não tinha um estrangeiro. Espero retribuir a confiança da torcida, que nos respaldou em nossa chegada”, agradeceu o técnico, falando também em nome de seus auxiliares.

É um desafio muito grande. Estou consciente do que significa a responsabilidade de vir ao Flamengo. Nós colombianos sempre acompanhamos o futebol brasileiro como referência, e eu como treinador acompanhava os jogadores colombianos que jogam aqui. Com a chegada de Orlando Berrío, passou-se a acompanhar ainda mais o futebol brasileiro com muita expectativa e interesse.

Não podemos particularizar aos estrangeiros. Considero que todos, equipe, administrativo e técnico também. Claro, jogadores são protagonista. Juan e Diego falam espanhol, Diego Alves também. São líderes da equipe. Paolo também, além dos jovens, que são muito talentosos. O Coletivo tem ser pensado por igual.

Sabíamos que seria um jogo difícil, pelo momento do time, com um time alternativo, com alguns jogadores que não jogam com regularidade. Infelizmente não foi um bom jogo. Até o pênalti o jogo estava parelho. Depois, o Atlético ganhou confiança e faltou à nossa equipe reação. Não foi uma apresentação que queríamos ter, mas isso é futebol.

São situações da vida e do futebol. Creio que enfrentaremos um Botafogo forte, em bom momento. Chapecoense também enfrentei recentemente. Temos conhecimento de perto. Espero que sirva para fazer a diferença e cumprir com as metas que queremos.

No futebol não há muita paciência, ainda mais na América do Sul. Somos muito emotivos, é da nossa característica. O importante é ter um projeto esportivo sério, querer algo a médio prazo. Temos que ser conscientes que somente os resultados podem garantir sua continuidade. Sei que temos o respaldo da torcida, mas temos que ratificá-lo mediante os resultados.

É a dificuldade que se tem agora, Assumir um projeto que já está iniciado. Eu tinha ofertas de vários países, até na Colômbia, e não queria aceitar, porque a experiência mostra que é muito difícil. Mas penso que uma oportunidade como essa, do Flamengo, não é todo dia. Vamos assumir sabendo que temos metas imediatas e metas a médio prazo e vamos apostar no êxito.

Creio que a instituição quer que acabe esse estigma, que a gente dure muito tempo e tenha condições de estar aqui. O Flamengo quer que nós, como o corpo técnico, fiquemos aqui durante muito tempo. É algo que significa muito para nós. Só os resultados da equipe em campo podem mostrar se rompemos esse paradigma. É um compromisso do Flamengo e do futebol brasileiro conosco. Esperamos que isso acabe.

A todos nós na Colômbia, desde pequenos, quando não nos classificávamos ao Mundial, torcíamos para o Brasil. É algo muito nostálgico recordar tudo isso. Meu primeiro curso como treinador foi com Carlos Alberto Parreira, e agora o futebol nos coloca nesse caminho. O futebol brasileiro, por tudo que representa a nível de clube e seleção, é uma referência.