Flamengo em Brasília não é novidade, e consequentemente a empolgação dos rubro-negros candangos com a ida da equipe à capital esfriou muito na atual temporada.
O clube atua no Mané Garrincha com frequência desde a reforma, em 2013. De lá para cá, foram 19 jogos, com cinco vitórias, três derrotas e 11 empates, o que corresponde a uma fraco aproveitamento de 42,5%.
Neste domingo, apesar de todo o apelo pela estreia de Diego, apenas 22.552 pagaram ingresso para assistir à vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio.
Em 2016, apenas dois jogos do Flamengo na capital tiveram público superior a 30 mil pessoas, próximo de 50% do que geralmente é estabelecido como carga total (62 mil ingressos): na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense (32.024 pagantes), pelo Carioca e em partida cujo mando de campo era do Tricolor; e na derrota pelo mesmo placar para o Palmeiras, pelo Brasileiro (54.665 pagantes).
Contra o Verdão, porém, é válido destacar que o estádio ficou dividido. Tal situação provocou críticas de Willian Arão, insatisfeito tanto com o equilíbrio na arquibancada quanto com a qualidade do gramado.
– Primeiro: dentro de casa, né? (ironizou, ao ser perguntado sobre perder pontos em casa) Porque a gente estava começando a jogar em Volta Redonda, agora volta aqui para Brasília. A última vez que a gente veio aqui o gramado estava bem diferente do que está hoje. É difícil falar (do gramado), porque estava cheio de buraco antes e agora a grama estava um pouquinho alta, mas não estava muito ruim não – afirmou o camisa 5, na ocasiãoo.
Após o jogo em questão, o diretor geral do Flamengo, Fred Luz, prometeu refletir sobre a realização de jogos no local.
Neste domingo, terminada a vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, Zé Ricardo fez muitos elogios à torcida, porém criticou o gramado.
Chance de voltar
A remota chance de o Flamengo voltar à capital em 2016 pode acontecer em 25 de setembro, contra o Cruzeiro, jogo incluído em pacote que o clube fechou para o Mané Garrincha antes do início do Brasileiro.
O Rubro-Negro espera ter o Maracanã à disposição após os Jogos Paralímpicos, mas há um entendimento de que o duelo com o Cruzeiro dificilmente será disputado no estádio por conta de questões como desmontagem da estrutura utilizada no evento e também burocráticas, por exemplo em relação a quando o Comitê Olímpico Internacional devolve a administração do estádio ao governo e à concessionária que atualmente o controla.
A provável indisponibilidade do Maracanã, entretanto, não é uma garantia de que o Fla jogará em Brasília. Embora o clube entenda que o Mané seja o estádio com maior
capacidade para captação de renda, a luta pelo título faz com que alguns membros da diretoria sejam contrários à ideia de
retornar à capital federal. Minimizar o tempo de viagem e o deslocamento são
prioridades para deixar o time na ponta dos cascos e evitar o desgaste.
Na atual temporada, o Flamengo jogou sete vezes em Brasília, com três vitórias (sobre Fluminense, Atlético-MG e Grêmio), três empates (diante de Figueirense, Vasco e São Paulo) e uma derrota (para o Palmeiras).
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