Simon Lédo questiona o que o Flamengo pode aprender com o Real Madrid

Proprietário de 15 troféus do principal torneio de clubes de um continente, a UEFA Champions League, o Real Madrid deveria servir de modelo para o Flamengo, com potencial para se tornar um líder continental, porém incapaz de concretizar essa possibilidade.

O Flamengo é atualmente o clube que mais arrecada receitas nas Américas e, por conseguinte, o clube com maior capacidade para contratar os melhores jogadores. Possui o plantel mais qualificado e a equipe mais determinada a vencer?

25% da população brasileira (excluindo estrangeiros) são adeptos do clube rubro-negro, um fato que poderia ser explorado para gerar ainda mais receitas, no entanto, ao invés disso, afasta-se cada vez mais de seus torcedores, especialmente os que estão fora do Rio de Janeiro;

Como o mais rico e o clube com o maior número de torcedores, deveria ter a melhor estratégia de marketing com seu público, correto? Longe disso. Nos últimos anos, o clube tem tomado decisões impopulares até mesmo entre sua própria torcida, o que resultou em uma relação distante e fria. A significativa queda no número de sócios-torcedores fala por si só.

Um dos maiores exemplos da falta de visão de marketing é a maneira como tratou a imagem de seu jogador mais carismático dos últimos anos, Gabigol. O clube não fez nada para evitar o declínio de sua carreira antes das más decisões tomadas, e após os últimos erros, o atleta foi simplesmente deixado de lado.

Enquanto isso, o Real Madrid demonstra que seu sucesso não é apenas fruto de dinheiro. Seu êxito não se resume a um time, como o Flamengo, que ficou marcado pela equipe de 2019. Ano após ano, saem jogadores, chegam novos jogadores e a MENTALIDADE VENCEDORA permanece.

A mentalidade vencedora do Real Madrid não está atrelada a um jogador A ou jogador B. Não depende de um salvador como Jorge Jesus. A mentalidade vencedora vem de cima. Da liderança que não aceita nada menos que O SUCESSO.

Enquanto o Flamengo não adotar uma postura vencedora e PROFISSIONAL internamente em sua liderança, o clube continuará a depender da sorte e de talentos individuais, como foi o caso da equipe de Jorge Jesus em 2019.

Publicado em colunadofla.com

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