O momento que o Flamengo atravessa é realmente daqueles… Tudo dá certo, erros se tornam acertos, jogadores são ressuscitados, e os resultados aparecem naturalmente.
Parece que o jogo virou, não é mesmo?! Passamos algum tempo em uma maré de azar incrível, onde quase nada dava certo, e quando dava era apenas pra finalizar com requintes de crueldade alguma falsa expectativa criada pela Nação Rubro-Negra.
Não sei se o nosso amuleto da sorte é o Zé Ricardo, pois coincidentemente, foi quando ele assumiu o Flamengo que a coisa começou a mudar. Na verdade, prefiro creditar essa mudança mais à competência de um trabalho bem feito, do que à superstição.
Um trabalho bem feito não é sinônimo de perfeição, Zé Ricardo também tem lá as suas falhas, mas uma coisa é certa: Tem uma estrela incrível! Seus erros e acertos são consequências de suas convicções, e Zé não teme por suas escolhas.
Colocar o Cuellar aberto pela direita foi um erro crasso! O cara não tem o mínimo cacoete para jogar ofensivamente, perdeu todas as bolas, e atrapalhou o Flamengo, que golearia com facilidade o jogo sonolento da última quarta, contra um medíocre adversário.
Insistir com Márcio Araújo no time titular há 4 meses atrás também era um grande erro, mas no final das contas, foi o melhor para o time. O craque da camisa número 8 se firmou, e queira você ou não, é um dos pilares da equipe nessa baita campanha.
Assim como parecia ser loucura substituir o Diego após a expulsão do nosso herói supracitado, contra o pseudo líder lá no novo chiqueiro gourmetizado. Novamente, no final da partida tivemos que bater palmas para o Zé Ricardo, quase que ele volta com um resultado histórico.
No fim das contas, a estrela do Zé brilha mais alto mesmo, quem decidiu a última partida foi Emerson Sheik, o velhinho barrigudo esquecido na reserva há algum tempo. Zé botou o cara em campo no fim do jogo, e a bola sobrou justamente pro Sheik marcar.
Na fase que o Flamengo atravessa qualquer jogador que entrar dará certo. A equipe tem uma base sólida, com um esquema tático envolvente, e perfeitamente encaixado. A escalação vem em segundo plano, cada um tem as suas preferências.
O elenco numeroso do Flamengo não é problemático, a rapaziada que fica de fora espera a sua hora, aguarda a sua chance de jogar sem reclamar, o clima do vestiário do Flamengo é perfeito, e isso dá total tranquilidade para o Zé Ricardo trabalhar.
Exemplo disso é o futebol que o Gabriel está jogando, mesmo com todas as suas limitações técnicas, fazer o craque da baba do lasca se tornar útil ao time foi como tirar coelho da cartola. E não é um caso isolado, outros jogadores também foram ou estão sendo ressuscitados.
Pará virou mito, Everton parece estar voltando a ser aquele de outrora, Fernandinho está aproveitando suas oportunidades, e até o recém-chegado Leandro Damião está jogando no Flamengo o que não joga há muito tempo na carreira.
Deixemos então o homem trabalhar, inventar, errar, insistir, consertar, e seguir evoluindo no comando do Flamengo, Zé Ricardo merece ter carta branca.
Que os deuses do futebol estejam com o Flamengo!
Vinny Dunga
vinny.dunga@colunadoflamengo.com
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/09/sorte-ou-competencia-estrela-do-professor/
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