Um fervoroso torcedor do Córdoba, conhecido como ‘hincha’, partiu de Santiago del Estero na noite do último domingo (06) e enfrentou uma jornada de 58 horas, percorrendo aproximadamente 2800 quilômetros de ônibus. Para que pudessem chegar ao Rio de Janeiro, alguns ‘hermanos’ chegaram até a pedir demissão de seus empregos.
“Em um dos nossos dois ônibus, um amigo mencionou que chegou muito ‘abatido’ porque perdeu o emprego, mas afirmou ao seu chefe que viria de qualquer maneira, pois esse jogo não se repetirá. Nosso consolo para ele foi a crença na equipe, o nosso Ferroviário. Ao chegar ao estádio, com chuva, à noite, enfrentamos muitos desafios”, relatou Matias.
“Tudo foi intensificado, pois sabíamos que tudo estava acontecendo para que vencêssemos, e o amigo percebeu que valeu a pena deixar tudo de lado e vivenciar esse momento único na história do nosso clube. Os minutos pareceram uma eternidade, mas já estávamos certos de que o Central proporcionaria um ‘Maracanazo’”, acrescentou.
Desde o domingo (06), quando deixou Santiago del Estero até o jogo, Matias contou que praticamente não teve momentos de descanso. Após a partida, com as comemorações, o tempo para repouso era ainda mais escasso. Nesta quinta-feira (10), por exemplo, um grupo de 150 torcedores decidiu visitar o Cristo Redentor e realizar um ‘bandeiraço’ na praia de Copacabana. Uma festa justa, afinal, pela maior vitória da história do clube, segundo Matias.
Os torcedores do Central Córdoba celebram no Cristo Redentor neste momento, após a vitória sobre o .
“A Copa Argentina foi o nosso primeiro título, e estávamos torcendo pelo time como sempre. Naquela final, o Vélez também era o favorito, e os jornalistas estavam torcendo para o time adversário. Contudo, jogamos 11 contra 11, e todo o nosso apoio veio das arquibancadas. Naquele dia nos tornamos campeões, e hoje foi mais do que um título, pois rompemos todas as barreiras do mundo do futebol, todos os parâmetros lógicos, pois futebol é isso. Noventa minutos de uma nova história. Fomos os primeiros a marcar dois gols contra o Flamengo em seu estádio”, comentou Matias, antes de relatar algumas dificuldades enfrentadas até a chegada ao Rio de Janeiro.
“Cada parada era emocionante. No entanto, ao chegarmos ao Brasil, todo o cansaço desapareceu, a emoção rompeu todas as barreiras, e aguardamos a partida para torcer pelo nosso time. Durante o trajeto, Maria Rosa, de 69 anos, viajou conosco, aplicando sua insulina e compartilhando com os mais jovens sobre todos os anos que passou na equipe. Foi extremamente tocante”.
“No meu caso, não. Mas muitos torcedores solicitaram ajuda para pagar seus ingressos. Outros pediram que alguém pagasse por eles, pegaram emprestado ou até venderam suas propriedades para apoiar o time, nada mais, nada menos, que no Maracanã.”
“Acompanho meu clube desde a 4ª divisão, viajando para o interior da Argentina, enfrentando muito calor, sempre sonhando com momentos assim, mas isso só se tornou real no PlayStation. Quando entrei, as emoções voltaram à tona, mas eu simplesmente aproveitei cada segundo de sua grandiosidade, especialmente porque vencemos.”
“Sim, mas vamos com calma. Você esperava isso antes do início da Copa? Eu, que sigo o Central Córdoba, esperava isso, pois o Central se torna mais forte quando comete erros, e isso cala muitas vozes.”
Publicado em colunadofla.com
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