Torcedor do Flamengo é agredido e sofre traumatismo craniano por torcedores do Atlético-MG

Um torcedor do Flamengo, de 50 anos, sofreu traumatismo craniano ao ser agredido por três torcedores do Atlético-MG após a final da Copa do Brasil. O rubro-negro, cuja identidade não foi divulgada, apresenta múltiplas fraturas e encontra-se internado. Por outro lado, os torcedores mineiros estão detidos desde domingo (10).

Nosso advogado esteve na delegacia, mas queremos justiça. Ele estava comemorando com nossas filhas, flamenguistas, em um bar. Inclusive, mais cedo, nós levamos a caçula para fazer Enem. Eu sou atleticana, mas estávamos com nossas camisas e de mãos dadas. Mas, infelizmente, nem todo mundo sabe respeitar a opinião do outro”, declarou Veruska de Almeida Xavier Bastani, esposa da vítima.

O torcedor rubro-negro não tem previsão de alta, e o hospital Risoleta Tolentino Neves, localizado no Bairro Vila Cloris, em Belo Horizonte, não divulgou informações sobre seu estado de saúde. Além do traumatismo craniano e das múltiplas fraturas, o flamenguista também sofreu uma lesão ocular.

A Polícia Civil emitiu um comunicado informando que o grupo foi detido em flagrante por lesão corporal de natureza grave. Após a abordagem, os torcedores do Atlético-MG prestaram depoimentos e aguardam os próximos desdobramentos legais no Ceresp Gameleira, para onde foram levados na segunda-feira (11).

Dessa forma, a agressão que ocorreu fora do estádio não foi a única ocorrência registrada durante o confronto entre Flamengo e Atlético-MG. Antes da partida, houve empurra-empurra, invasões no setor reservado aos visitantes e utilização de gás de pimenta no estádio. Durante o jogo, os torcedores visitantes proferiram cânticos homofóbicos. Após o gol e ao fim do jogo, os jogadores do Flamengo foram alvo de uma chuva de objetos lançados das arquibancadas.

De acordo com informações da Polícia Militar, 14 confrontos entre torcedores aconteceram nas ruas. No total, 12 pessoas foram presas. “O trabalho de inteligência da PCMG terá o apoio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que monitora mais de 1.300 pontos de BH e da região metropolitana. Além de diversas rodovias do estado, através de 80 telas que funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana”, dizia um trecho do comunicado.

Publicado em colunadofla.com

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