Não foi um modelo de atuação, mas o resultado final exorcizou um trauma que perturbava os rubro-negros. Depois de oito anos e três eliminações na primeira fase, o Flamengo avançou às oitavas de final da Copa Libertadores.A vitória por 2 a 0 sobre o Emelec-EQU, na última quarta-feira (16), foi conquistada em um Maracanã tomado pelo nervosismo por conta dos recentes vexames. O alívio ao apito final se materializou no hino do clube, cantado a plenos pulmões pelos flamenguistas.
Um time remodelado – embora passe batido pelos mais desatentos – deu ao Rubro-negro a esperada classificação. Da eliminação vexatória do ano passado, apenas três jogadores permanecem entre os titulares em 2018: o lateral-direito Rodinei, o zagueiro Réver e o meia Diego.
Vale lembrar que na fatídica derrota por 2 a 1 para o San Lorenzo-ARG, apenas os dois primeiros jogaram, já que Diego nem sequer atuou a primeira fase inteira por causa de uma cirurgia no joelho. O zagueiro Juan ainda entrou no final.
O fato é que o Flamengo parece o mesmo por conta do conhecido grupo, mas não é. Nem nos jogadores, tampouco na característica de atuação. O time dominou adversários na Libertadores do ano passado, mas terminou sem nem um ponto sequer fora de casa.
Em 2018, Diego Alves, Juan, Renê, Cuéllar, Lucas Paquetá, Everton Ribeiro, Vinicius Júnior e Henrique Dourado foram as novidades em relação ao time de 2017. Ainda que tenha garantido a vaga, a equipe sofreu em todas as partidas, pois mostrou dificuldade para controlar os jogos e também de resolvê-los.
As falhas fizeram a torcida rubro-negra passar sustos no Maracanã. Apesar do placar de 2 a 0, em diversos momentos a vitória chegou a ficar ameaçada por um adversário tecnicamente limitado. O componente emocional e o trauma de uma nova queda precoce, obviamente, estavam inseridos no contexto.
“Tirou um peso. Eram oito anos sem que o Flamengo se classificasse, mas temos muitos objetivos pela frente. Alcançamos apenas um deles. Isso nos dá motivação para continuar o trabalho”, afirmou o meia Diego.
Com peças novas e outras nem tanto, o Flamengo sonha com o bicampeonato da América. A missão é das mais complicadas, mas não falta quem não acredite na possibilidade. O primeiro passo foi dado quando muita coisa já parecia perdida. O futuro dirá do que o pressionado Rubro-negro é capaz. Ainda que com remanescentes, o time se mostra “novo” em 2018.
“Quando você joga em um clube grande sempre tem o desejo de escrever o nome na história. O Maracanã estava lotado, a torcida fez a festa e foi uma coisa de outro mundo. Mas sabemos que a classificação já não valerá tanto amanhã. É aproveitar o momento e seguir em busca do que planejamos”, encerrou o zagueiro Réver.
Reprodução: UOL Esportes
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