Zé Ricardo foi treinador das categorias de base do clube antes de ser alçado ao time profissional, primeiramente de forma interina, depois de forma efetiva, como ainda é desde então. O esperado era que como profundo conhecedor dos jovens do clube, eles finalmente ganhassem mais espaço no elenco, o que é um anseio de parte da torcida. Contudo, isso não vem acontecendo, e o que se percebe é que os jogadores tido como “veteranos” mesmo sendo limitados e/ou irregulares, não costumam perder espaço no elenco, e sempre estão à frente na fila de opções do treinador.
É normal que em 2016, quando Zé assumiu o time sob pressão, ele optasse por escalar um time mais “cascudo”, porém nada explica agora em 2017 que nenhum jogador oriundo das categorias de base tenha espaço no time titular, sendo o máximo que conseguem é jogar em times mistos em partidas esporádicas do Campeonato Carioca e da amistosa Primeira Liga. Não obstante, sem sequência e entrosamento, é muito difícil de performarem e mostrarem o seu valor. A prova disso foi o treinador ter optado por substituir Diego por mais um volante ao invés de manter o esquema em que o time está habituado, e simplesmente ter inserido Matheus Sávio ou Paquetá no time.
Enquanto em outros times, jovens já assumem responsabilidades e são fundamentais, no Flamengo, Ronaldo, um volante de forte marcação e excelente técnica, ainda não conseguiu oportunidades por causa do técnico que prefere escalar o voluntarioso, e nada mais do que isso, Márcio Araújo. Felipe Vizeu, que é cobiçado por clubes europeus, não consegue nem ser relacionado para as partidas em detrimento de Leandro Damião, jogador caro, que produz muito pouco, e dos quais os direitos econômicos nem pertencem ao Flamengo.
Falta ousadia para a diretoria de futebol começar a bancar os jovens do Flamengo, da mesma forma que ela foi a público pedir paciência em 2013, pois com a enorme dívida que o clube tinha na época se não houvesse uma política de austeridade, o futuro da instituição estaria ameaçado. Não estaria o futuro da base ameaçado com tamanho desprezo do clube perante aos seus próprios filhos ? Zé Ricardo não precisa privilegiar a base, mas sim dar direitos iguais, para que os jovens possam ocupar o seu espaço, e o mau desempenho de jogadores como Gabriel, dá margem para isso.
Saudações RN.
Por: Wesley Paulo @wesleypbc
Não deixem de conferir minhas outras colunas postadas nessa semana, “É injustificável continuar com Gabriel” e “Cirino vai embora sem deixar saudades” .
O Resenha de hoje está imperdível, não deixem de conferir “
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/04/ze-ricardo-realmente-veio-da-base/
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