Ainda sobre o clássico que ficou manchado por cenas de guerra no último final de semana em São Januário, Zé Ricardo falou sobre os momentos de agonia que viveu dentro do estádio com os barulhos das bombas e revelou pedido para que seus familiares não comparecessem no duelo entre Vasco e Flamengo.
– Agonia da gente querer estar próximo que a gente quer. Todo jogo é tem gente da nossa família e eu particularmente pedi para que ninguém fosse. Muitos atletas tiveram amigos ali e no Vasco também estavam preocupados. Não tem ninguém saindo na frente de ninguém, todos saem prejudicados.
Treinador foi um dos primeiros a descer para o vestiário e lembrou dos episódios de violência entre Vila Nova e Goiás. Zé afirmou que situações acontecem também pela falta de investimento na educação.
– Lamentável, fui um dos primeiros a sair antes de estourar as bombas, ainda tentei voltar para ver o que tava acontecendo, mas a segurança do clube pediu para eu retornar. Sábado foi Flamengo e Vasco, na outra semana foi Vila Nova e Goiás, eu sou professor, dei aula e isso está sendo de geração e geração. O que aconteceu sábado tem muito a ver com a falta de investimento na educação ao povo. Não esperava acontecer aquilo tudo na proporção que foi e em determinado momento fica difícil segurar uma multidão. Espero que um dos reflexos seja a punição aos responsáveis.
Treinador exaltou vitória no clássico na casa do adversário e poder de superação com a equipe, que perdeu três zagueiros e terminou com Romulo atuando de forma improvisada na defesa ao lado de Rafael Vaz.
A atuação da equipe e o resultado ficaram em segundo plano, mas foi um grande poder de superação nosso, foram três jogos em seis dias, São Paulo, Palestino e Vasco. Demos poucas oportunidades ao Vasco. Infelizmente presenciamos aquelas cenas todas no final.
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