Minutos após saudar a torcida e festejar a vitória do Grêmio por 4 a 0 sobre o Monagas, pela Libertadores, com seus comandados no gramado, Renato Portaluppi se acomoda em frente às lentes da imprensa ansiosa por sua fala. Os jornalistas se aglomeram, mas não para ouvi-lo discorrer sobre a partida ou a final do Gauchão que se avizinha, e sim sobre o insistente interesse do Flamengo em sua contratação. Confortável e confiante – como de costume – ao se ver no centro do holofote, o treinador é tão lacônico quanto enigmático e evasivo:
“Minha cabeça está totalmente voltada para domingo. Mas no domingo, se vocês fizerem a mesma pergunta, talvez eu tenha uma resposta diferente”
É o suficiente para transformar sua entrevista coletiva em um evento de peso tão emblemático – ou até maior – quanto o duelo da volta da decisão estadual, neste domingo, às 16h, no Bento Freitas, contra o Brasil de Pelotas. Explica-se. A vitória gremista por 4 a 0 na Arena, na partida de ida, torna os 90 minutos quase mero protocolo até o Tricolor erguer a taça de campeão gaúcho, algo que não ocorre desde 2010. O “talvez” em sua frase pode o salvar de ser definitivo no pós-jogo. Como o Grêmio dará dois dias de folga ao elenco, Renato viajará ao Rio de Janeiro, a toca do inimigo no olhar gremista.A manifestação e os planos do treinador para seu futuro, porém, permanecem guardados a sete chaves.
E são esperados com ansiedades idênticas por gremistas e flamenguistas. No Rio de Janeiro, a diretoria do Flamengo aguarda o fim do Gauchão para fazer uma investida por Renato, seu Plano A para substituir Paulo César Carpegiani – Cuca foi outro nome consultado pelo Rubro Negro, que também tentou Abel Braga, do rival Fluminense. Em Porto Alegre, os dirigentes do Grêmio nutrem uma tranquilidade latente sobre a permanência do maior ídolo da história do clube para tentar estender a era de ouro repleta de conquistas.
Reprodução: Globoesporte.com
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