João Henrique Areias já foi vice-presidente de marketing do Flamengo e um dos fundadores do Clube dos 13, criado em 1987 para defender os interesses políticos e comerciais de 13 equipes do futebol brasileiro. O ex-dirigente disse em entrevista ao canal “Resenha de Primeira“, que está otimista para a criação de uma Liga Nacional para organizar o Campeonato Brasileiro.
— Eu sou otimista, continuo sendo otimista e um dia isso vai ter que acontecer e espero que seja agora. Nós tivemos a chance lá em 87 com o Clube dos 13. No ano o seguinte, os clubes por falta de união, perderam a oportunidade de criarem a Liga. Você tem de um lado, a capacidade dos clubes de organizar a competição. Para isso, eles têm que organizar uma liga extremamente profissional, com gente profissional. Depois tem alguns problemas para resolver. Vai contratar os árbitros de quem? Da CBF? Paga um xis à CBF ou para associação de árbitros que vier a ser criada. Tribunal de justiça também não é nada complicado.
— É possível realizar o Campeonato Brasileiro e tirar um proveito muito maior que a CBF tira hoje. Agora, por que isso está acontecendo? A CBF quer dar a organização do campeonato, quer a Liga? Aí tem gente que fala que a CBF não quer a Liga, mas a CBF quer pra ontem a Liga. Ela já tentou dar para os clubes no ano 2000. O que dá dinheiro para CBF não é bilheteria, negociar televisão, é a Seleção Brasileira, que aliás ela não investe um tostão, quem investe são os clubes.
VEJA O COMENTÁRIO COMPLETO DE JOÃO HENRIQUE AREIAS:
A criação de uma Liga Nacional para organizar o Campeonato Brasileiro conta com o apoio de todos os clubes da Série A. A ideia é agilizar o processo o mais rápido possível, pelos menos foi o que disse Rodolfo Landim, presidente do Flamengo e entusiasta da ideia, na ocasião.
—Com a disposição que a gente tem e com a qualidade das pessoas que a gente pretende colocar na criação desse processo, acredito que vai ser mais rápido do que a gente espera —, disse.
À frente do marketing do Clube dos 13, João Henrique Areias conseguiu junto da iniciativa privada fazer com que a Copa União de 1987 (Campeonato Brasileiro), conseguisse patrocínios, que foram importante para realização do torneio e também a negociação dos direitos de transmissão de TV aberta. As ações foram consideradas um marco no esporte nacional.
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