Maltrata, mas arrebata

Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo

Antes mesmo do apito inicial, não eram só os celulares dos torcedores que brilhavam na arquibancada do Maior do Mundo e talvez seja possível dizer que foram até de certa forma ofuscados pelo brilho nos olhos de cada rubro-negro emocionado com o show de sinestesia da Nação, sempre imensa, sempre linda. Era noite de gala. E a Maior Torcida do Mundo estava estonteante para assistir a mais uma vitória do Flamengo.

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Os gols de um iluminado Rodinei, do artilheiro Guerrero e de seu compatriota Miguel Trauco garantiram o 3 a 1 e os três pontos que devolveram a liderança do Grupo 4 ao clube da Gávea.
Os 90 minutos
Já no início da caminhada dos ponteiros do relógio, Paolo Guerrero foi arisco, Pará fintou bonito, Arão arriscou de longe. O Flamengo entrou em campo para mostrar que era dono da casa – e quer ser o dono da América. Enquanto isso, na moldura do gramado…
Absolutamente fantástica a entrega da torcida na arquibancada, sem calar, sem parar. Sem parar. Sem parar.
O incansável Éverton, em mais uma demonstração de como defender o Manto, cansava os marcadores pela esquerda. Aos 13, Guerrero tirou o “UH!” mais sincero das gargantas rubro-negras até então ao cobrar falta de longe com capricho – mas a redonda também o teve ao passar tirando tinta do poste esquerdo do arqueiro adversário. Logo em seguida, o peruano teve mais uma chance em batida da entrada da área que mais uma vez assustou a trave.
Por alguns segundos, os XX mil corações no estádio pararam de bater. Do minuto 19 para o 20 mais precisamente, quando a Universidad Católica ameaçou nossa meta pela primeira vez. Mas a sequência da partida reservava mais emoções no outro lado do campo, e sempre com Guerrero como protagonista. O nove foi dono das nove finalizações do Flamengo na primeira etapa. Tentou de todo jeito – da direita, da esquerda, colocado, de cabeça – mas a bola insistia em fazer charme.
No segundo tempo, falta em Guerrero, quase na linha da grande área.

Meeeeeeeeeeeengo

Meeeeeeeeeeeengo

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Peruano na batida. Bola na barreira. Rebote. Um predestinado Rodinei – que havia entrado no intervalo, no lugar de Mancuello -, de canhota, mira o ângulo. Gol. A arquibancada vai abaixo em êxtase. Confiante, o Flamengo vira um gigante em campo e envolve o adversário no toque de bola. Uma pena o belo voleio de Guerrero aos 18 minutos não fazer a rede balançar. Aos 22 o desapontamento foi grande com o gol de empate deles. Mas ainda tinha jogo, meus caros. Foram cinco minutos de nó na garganta até o gol do camisa nove desatar. Guerrero recebeu na direita da área e bateu cruzado, rasteirinho, para deixar o goleiro Toselli na saudade: 2 a 1 no placar e ordem restaurada no recinto.
E não é que ainda cabia mais? Na persistência de Miguel Trauco, saiu o terceiro grito de gol. O lateral recebeu na esquerda e tentou o chute; a bola bateu no marcador e voltou para ele, que ganhou a dividida de um, trombou com outro, e – quase junto de Willian Arão -, emendou de direita na saída do goleiro.
Amanhã o Rio está pintado de Vermelho e Preto.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/25281/maltrata-mas-arrebata

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