Matheus Brum: “Contra tudo e contra todos”

Olá, companheiros e companheiras do Coluna do Fla. Que vitória essa contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada! Um palco que, historicamente, temos dificuldades para vencer. Conseguimos os três pontos e, de quebra, acabamos com o tabu de não vencer o Furacão, no Paraná, pelo Brasileirão. A última vitória aconteceu no longínquo 1974.

A vitória mostrou um time que fica cada vez mais maduro dentro de campo. Um outro time, sem essa maturidade, teria perdido a cabeça com a sucessão de erros de arbitragem. Um ponto que merece destaque, inclusive. O Flamengo precisa se posicionar contra a arbitragem do jogo de ontem. O Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF, precisa explicar o que aconteceu naquela comunicação com o VAR, no lance do pênalti claro em cima do Lucas Silva.

Este foi o erro mais crasso, mas, infelizmente, não foi o único. Os cartões amarelos para Everton Ribeiro e Vitinho foram, no mínimo, incoerentes. Não eram jogadas passíveis de punição. E, em função disso, não teremos nosso capitão na partida contra o Fortaleza, no meio de semana.

E foi justamente por causa destes erros que coloco este título no texto de hoje. Jogamos contra todos (arbitragem e um bom adversário) e contra tudo (grama sintética e retrospecto desfavorável).

Além de todos estes problemas, ainda tivemos que ver em campo um time que seus principais jogadores não estavam bem. Rafinha, Gerson, Arão e Vitinho atuaram bem abaixo do que estamos acostumados. Tanto é que não tivemos o controle do jogo, como normalmente acontece. Tivemos menos posse de bola do que o adversário (48% contra 52%), trocamos menos passes (243 contra 316), fizemos mais faltas (23 contra 13), chutamos menos (9 a 12) e tomamos mais cartões amarelos (5 contra 3).

O Flamengo começou marcando em cima, aproveitando a entrada do goleiro Léo, que mostrou falta de familiaridade com a bola nos pés. Em uma das pressionadas, Bruno Henrique conseguiu fazer o gol.

Mesmo antes do primeiro gol, o rubro-negro se movimentava bastante. O quarteto formado por Vitinho, Bruno Henrique, Everton Ribeiro e Lucas Silva não guardava posição, com cada atleta caindo em um local. Isso dificultava a marcação do CAP. Entretanto, as boas jogadas criadas, não resultavam em lances de perigos. O último passe pecava.

Em contrapartida, na defesa, nosso lado direito era o principal flagelo. Rafinha não fez uma boa primeira etapa. A entrada de João Lucas não surtiu efeito, uma vez que os espaços continuaram. Foi por ali que o Athletico criava suas principais oportunidades. Tiago Nunes percebeu os problemas defensivos e colocou Adriano em campo para pressionar nosso jovem lateral.

E, por alguns minutos, os paranaenses botaram pressão. Graças a Diego Alves, o empate não saiu. Nosso meio-campo continuava não funcionando. Com isso, não tínhamos o controle do jogo. Devido a grande atuação do nosso goleiro, conseguimos segurar a pressão.

Por fim, em um lance de genialidade, ER7 deu de calcanhar para Renê, que cruzou na medida pra BH fazer o segundo dele na partida e sacramentar nossa vitória.

O saldo da partida é mostrar que o time está cada vez mais maduro, sabendo lidar com as adversidades e conseguindo grandes resultados mesmo em jogos tecnicamente ruins. Mostra a força de um grupo que sabe, cada dia mais, que está a passos largos para vencer o Brasileirão, dez anos depois.

Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum

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Fonte: https://colunadofla.com/2019/10/matheus-brum-contra-tudo-e-contra-todos/

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