Ano passado, escrevi uma coluna dizendo que Técnico do Flamengo era uma profissão de Risco, podendo elevar uma criatura ao céu ou condená-la ao inferno. José Ricardo Mannarino, o Zé Ricardo, topou o desafio e assumiu o risco de ser a bola da vez.
Com 65% de aproveitamento e apenas 11 derrotas em 63 partidas, o treinador conquistou o seu primeiro título, e iniciou o caminho para se juntar a galeria dos grandes treinadores da história do Flamengo. Os seus números falam por si. Mas não falam tudo.
Zé Ricardo é um cara peculiar, tem suas convicções e as segue de forma fidedigna, muitas das vezes contrariando o clamor da massa e a lógica de alguns. Foi massacrado em muitas decisões que tomou, e com muita tranquilidade e serenidade soube suportar a todas elas.
Quando assumiu o time deixado por Muricy, o fez referendado pela excelente copinha que fizera, liderando o Flamengo ao Tri campeonato da competição, e desde então conseguiu algo que há muito não era visto no Flamengo: Regularidade.
E começou a mudar muito o nosso conceito de padrão tático, ou você lembra de alguma vez ter discutido e analisado tanto de táticas com algum outro treinador? Zé Ricardo exercitou ao máximo esse ponto, variando e surpreendendo com as suas inovações.
Durante essa trajetória, o carioca errou e acertou muitas vezes, por muitas vezes mostrou toda a sua competência, algumas vezes contou com a sorte e também sofreu com a inexperiência, mas em todas elas ele nunca abandonou a sua convicção.
A resiliência por sinal foi a palavra que ditou a sua trajetória até o momento, soube suportar as críticas e não se ensoberbeceu com os elogios, pelo contrário sempre se mostrou muito tranquilo para absorvê-los.
Mas faltava algo para consolidar o trabalho até aqui realizado por um treinador que em seu primeiro ano levou o Flamengo ao terceiro lugar do brasileiro, é o primeiro do seu grupo na libertadores, está nas quartas de final da Primeira Liga e nas oitavas da Copa do brasil: Faltava um título.
E ele veio, da melhor maneira que poderia vir, Invicto, com melhor campanha, melhor ataque, melhor defesa, artilheiro e vencendo o rival nos dois jogos. Servindo para consolidar o trabalho e dando confiança para as próximas batalhas que se aproximam.
Não é o céu ainda. Mas está muito longe do inferno que propagaram. O trabalho vai sendo feito com toda a responsabilidade e profissionalismo que se espera. Os resultados começam a aparecer.
E o “treineiro” vai quebrando paradigmas, conquistando o respeito dos adversários, destruindo a desconfiança de alguns e jogo a jogo construindo uma base forte e vitoriosa, mesmo com os questionamentos persistentes, os resultados o justificam, e ontem começou a escrever a sua história no Mais Querido do Mundo.
Então senhores, só uma coisa para dizer: deixa o Zé trabalhar!
SRN!
Jerônimo Simeão Júnior
#ColunaDoJJ
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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/05/o-grito-afirmacao-de-ze-ricardo/
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