O Fla–Flu no Maracanã é o auge do futebol brasileiro, pois não existe partida que se iguale a ele em termos de história, prestígio, fama e oportunidades. Este clássico é reconhecido como um momento em que o futebol brilha.
Se o adversário na final fosse outro, os astros do Flamengo poderiam desfrutar de uma feijoada no campo do Maracanã (e repetir a dose), estourar uma latinha de cerveja, beber de um só gole e jogar de chinelo. Contudo, essa não é a situação atual.
Nenhum time conseguiu derrotar o Flamengo mais vezes do que o Fluminense. Igualmente, nenhum outro clube atrapalhou tanto os planos e subtraiu tantos pontos do jovem técnico Filipe Luís como o Fluminense.
Este é o único clássico em que o Flamengo perdeu mais finais do que venceu. Nos últimos cinco anos, em quatro finais: duas foram conquistadas pelos rubro-negros e duas pelos tricolores.
Mantos, armaduras e escudos se cruzam durante o Fla-Flu. Árias e Arrascaetas, playboys e mulambos, todos se encaram de igual para igual.
A presença do Flamengo com o melhor técnico, mais craques e maior torcida nas arquibancadas não desconsidera o Imponderável.
Ter o Fluminense com Cano, artilheiro da competição, Jhon Árias em sua melhor forma e ter registrado vitórias recentes por 8 a 0 e 4 a 0 contra outros adversários, também não é relevante neste contexto.
O Flamengo já se prepara para os clássicos: Bruno Henrique polindo sua coroa, Pulgar afiando suas foices tamanho 43. O ex-lateral catarinense Filipe está analisando as melhores estratégias para superar o ex-zagueiro gaúcho Mano Menezes.
Por sua vez, o Fluminense confia na boa fase de Cano, Canobbio, Árias e Serna, que chamam em espanhol por Juan de Diós, Sobrenatural de Almeida, Nelson Rodrigues, e espera que Mano faça o time encarar o Flamengo de maneira franca e honrosa.
O escritor Héctor Abad afirmou: ‘…’, mas o Fla-Flu precisa fluir, necessita ser transportado de seu próprio universo para as linhas lógicas, se realmente quisermos compreendê-lo. E mesmo assim, pode ser que não consigamos.
É fascinante pelas cores, pela aura e pela mística. Desde os fonemas de sonoridade imponente. É necessário preparar o coração antes mesmo de pronunciar ‘…’. Imagine então para se lançar em duas grandes finais!
Nelson Rodrigues, sempre presente, declarou que Fla e Flu são os Irmãos Karamazov do esporte, mas acredito que a final do Carioca se assemelha mais a uma roleta russa do que a um conflito familiar. Ninguém sabe o que está por vir, mas creio que triunfará aquele que pisar com mais firmeza no Maracanã.
Pensar no Fla-Flu é como brincar de poesia, FLAnar pelo Rio Antigo, FLUir nas águas da vida e perceber a própria alma dominada pela magia do melhor jogo do mundo. Envolvendo alma e tempo, por 40 minutos eternos.
Publicado em colunadofla.com
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