#Retrospectiva2018: Visualmente, um novo Flamengo

Por: Carla Araújo

O ano de 2018 foi marcado por grandes mudanças no Flamengo, principalmente fora das quatro linhas. Primeiro, o Rubro-Negro repaginou o CRF, encontrado nos uniformes de jogo e treino, além de alterar os escudos de futebol e de remo. Tudo isso fez parte da modificação de identidade visual, que já estava prevista para acontecer este ano. Ademais, no anúncio de novos uniformes da temporada, o terceiro, na cor azul clara, chamou a atenção, agradando a alguns e nem tanto a outros. Por último, e não menos importante, um novo e mais moderno Centro de Treinamento, deixando ainda mais profissional o Ninho do Urubu.

IDENTIDADE VISUAL:

Em abril deste ano, o Flamengo divulgou as mudanças nos escudos de futebol e de remo, além do monograma CRF. As modificações foram votadas em 2017, sendo aprovadas pela maioria dos conselheiros do Conselho Deliberativo. Segundo o então VP de Comunicação do Fla, Antônio Tabet, o processo de alteração se deu para modernizar e estabelecer um manual de identidade à marca do Rubro-Negro. A inovação foi mais que, meramente, estética, trazendo diferenças bem sutis, porém visíveis.

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Escudos repaginados e um novo CRF

O trabalho técnico ficou a cargo do designer Fabio Lopez, que iniciou o processo com uma análise detalhada do monograma CRF. Foram identificadas necessidades de melhorias em algumas estruturas, como as serifas, hastes, terminações, alinhamento e desenho. A ideia foi manter a essência do monograma, ajustando essas inconsistências. O C e o R foram alterados para ganhar mais força e velocidade, com aspecto mais contemporâneo. Um símbolo moderno, mas com toda a tradição rubro-negra.

Em seguida, Lopez trabalhou no escudo de futebol e esportes terrestres. O designer observou que o antigo possuía um contorno linear preto, que, ao se encontrar com a primeira faixa horizontal de mesma cor, fazia com que se tornasse mais grossa que as demais. Então, foi feito um ligeiro aumento da espessura da linha de contorno, deixando o escudo mais forte e estreito. No entanto, a maior mudança estaria por vir no escudo de remo e esportes aquáticos, que foi totalmente remodelado.

Após analisar o escudo de esportes aquáticos, Lopez percebeu uma assimetria na forma, além de falta de padrão no peso e no tamanho das letras CRF do miolo. Com isso, o designer redesenhou o entorno, aumentando reentrâncias encontradas na parte superior. Ele mudou o formato das letras para algo mais legível e contemporâneo. Lopez simplificou a âncora, eliminando detalhes que prejudicavam o reconhecimento, e alterou os remos, atualizando-os e deixando-os mais parecidos com os atuais do esporte.

UNIFORMES:

Com novas marcas oficializadas, foi o momento de colocá-las em equipamentos esportivos, documentos oficiais, campanhas publicitárias e fachadas de Gávea e Ninho do Urubu. No mesmo dia em que anunciou escudos e CRF novos, o Flamengo lançou o primeiro uniforme para a temporada 2018. O clube preparou a campanha “Maior escalação do mundo” para apresentação da nova camisa rubro-negra, lançada em apenas três dias. Todos que compraram na pré-venda, tiveram um número próprio na escalação do Fla, fazendo jus ao nome da ação.

A tradicional camisa rubro-negra seguiu com listras horizontais, mas a tonalidade ganhou um detalhe com grafismos nos tons vermelho e preto. A novidade ficou por conta das listras finas escuras em cima da parte vermelha do uniforme. As mangas e golas têm detalhes em preto, enquanto as clássicas listras da Adidas aparecem na região do ombro. Outro detalhe foi a presença do mascote do clube: o urubu ganhou uma homenagem com um pequeno desenho nas costas da blusa, próximo à nuca.

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Henrique Dourado na apresentação do uniforme 1

No mês seguinte, o Flamengo lançou o novo segundo uniforme. A grande mudança na camisa branca foi que, desta vez, veio em um tom mais envelhecido, parecido com um bege e bem próximo ao offwhite. Foi um conceito criado pelo clube e pela Adidas, em parceria. Diferentemente da última blusa, que só usava o CRF no peito, a de 2018 veio com o escudo inteiro estampado na frente. A ideia inicial era ter o escudo de remo, mas acabou sendo o de futebol. Nesta camisa, o urubu também veio desenhado nas costas.

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Diego Ribas em apresentação da camisa 2

No entanto, a grande novidade do ano ficou por conta do terceiro uniforme, que virou assunto entre os torcedores. Em julho, ele foi anunciado: em tons de azul claro e escuro, com alusão às praias do Rio de Janeiro. Alguns detalhes em preto também podem ser vistos. A inovação ecológica e a forma como é produzida a camisa chamou a atenção: o material é feito por meio de plásticos retirados do oceano e com poliéster reciclado, com intuito de economizar recursos do planeta e reduzir as emissões de poluentes.

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Cuéllar em apresentação da camisa 3

NOVO CENTRO DE TREINAMENTO

No final de novembro, o Flamengo inaugurou o novo módulo profissional dentro do CT Ninho do Urubu. As obras já aconteciam desde meados de 2017 e tiveram um investimento inicial de R$ 26 milhões. O antigo módulo fica, agora, para os atletas do Sub-20. Na inauguração, quase toda a estrutura estava pronta. Apenas os campos e alguns detalhes serão finalizados até o início da pré-temporada, em 2019. A partir de janeiro, jogadores, comissão técnica e diretoria poderão utilizar todo o espaço.

O novo centro de treinamento foi inspirado em outros espalhados pelo mundo, como os de Manchester e Chelsea, por exemplo. Dentre as novidades trazidas, estão: muito vidro para ter mais luminosidade; dobro de quartos para os atletas; iluminação especial no vestiário; espaço específico para patrocinadores; salas para cada diretoria; academia bem maior; entradas separadas para jogadores e imprensa; grafites rubro-negros exclusivos; área de lazer maior e com mais comodidade; visão ampla para os campos; entre outras.

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Fonte: https://colunadoflamengo.com/2018/12/retrospectiva2018-visualmente-um-novo-flamengo/

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