Em virtude das conquistas que o Flamengo vem alcançando desde 2019, uma parte da torcida rubro-negra começou a estabelecer comparações entre a atual geração do clube e a equipe de 1981. No entanto, Zico, considerado o maior ídolo do Flamengo, não compartilha dessa opinião. Para ele, os times não estão no mesmo nível, pois, atualmente, existem campeonatos que não eram priorizados nas décadas passadas.
— ‘Eu sou contra isso [comparar os títulos de Gabigol, Arrascaeta e Bruno Henrique aos de Zico e Júnior]. Porque considera os títulos de Supercopa, Recopa, que são de um jogo só. Isso não tinha na nossa época. O que tinha, por exemplo, era jogar o Ramón de Carranza. Jogar com o Barcelona (ESP) e aqueles times todos. Jogava o Teresa Herrera. Se você ganha, era um título tão importante quanto uma Recopa, uma Supercopa. Então, não entendo esse negócio’ — iniciou Zico.
— ‘Na nossa época, o Campeonato Carioca era o mais importante. Taça Guanabara era individual, era um título. Era difícil ganhar, você jogava contra Vasco, Fluminense, Botafogo, todos esses. Não era como hoje, que às vezes não tem nenhum clássico. Não é saudosismo, mas tem que se valorizar o que acontecia na sua época’ — acrescentou Zico, em entrevista ao .
Após conquistar o título da Copa do Brasil em 2024, Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta se tornaram os jogadores com o maior número de troféus pelo Flamengo. Dessa forma, os ídolos recentes igualaram a marca de Zico e Júnior, todos com 13 títulos levantados. Assim, mesmo discordando da comparação entre as gerações, o eterno camisa 10 da Gávea fez elogios aos três atletas.
— ‘[Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta] Merecem um lugar especial, claro. Eles estão lá, teve a competição e eles conquistaram. Então merecem ser contadas, lógico, isso é óbvio. Ninguém vai tirar o mérito das marcas que eles tiveram dentro do Flamengo. E tomara que conquistem mais’ — concluiu Zico.
O Flamengo começará o ano de 2025 sem um jogador da histórica geração de 2019. Isso se deve ao fato de que Gabigol deixou o Mais Querido após seis temporadas. Assim, apenas Arrascaeta, Bruno Henrique e Gerson permanecem no Rubro-Negro desde aquele ano marcante.
Publicado em colunadofla.com
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