De todas as críticas direcionadas após a derrota do Flamengo para a Universidad Catolica – escalação de Márcio Araújo, ataque descalibrado e Berrío descontrolado – a que mais ganha eco é sobre o zagueiro Rafael Vaz. O jogador acumula falhas individuais desde o ano passado – duas vezes em um Fla-Flu e a da última quarta-feira-, mas segue com prestígio ao lado de Réver. O status de intocável da atual dupla se deve não apenas ao entrosamento ou aos bons números recentes, mas também pela falta de opções melhores.
Donatti, contratado justamente para disputar a Libertadores, não foi sequer relacionado para encarar a Universidad Catolica. O argentino também não se destacou em jogos pelo Estadual em que ganhou oportunidade, muito menos nos treinamentos. Dentre todas as opções, Juan é quem mais ameaça Rafael Vaz. Mesmo assim, o veterano também não preenche os requisitos criticados no atual titular, a falta de velocidade.
Assim, a defesa do Flamengo segue sendo uma preocupação básica do técnico Zé Ricardo para a sequência da temporada. Ajustada, precisa de proteção contra ataques mais poderosos e velozes, vide o Fluminense. Quando uma peça falha, filme que Vaz vem repetindo, o sistema todo entra em colapso e Márcio Araújo ganha mais espaço. O volante, barrado no começo do ano, é o único remédio encontrado pela comissão técnica para garantir que falhas individuais sejam corrigidas. O outro seria contratar novos zagueiros. Tranquilo da confiança do time e do treinador, Rafael Vaz comentou a nova bobeada.
– Foi um lance atípico em que eu não poderia ter errado, mas acontece, estou bem tranquilo. Agora é retomar o trabalho, descansar que no fim de semana já tem jogo. Não foi uma má atuação, se não fosse a bola parada nosso time não perderia o jogo. A não ser a recuada, ao meu ver, eu não cheguei a ter falhas decisivas. Não foi ruim, mas não foi 100% porque não vencemos – disse Vaz.
O zagueiro ironizou ao ser confrontado com as falhas e os lances em que abusa da sorte para tentar algo de efeito.
– É engraçado. Se a gente tentar dar um chapéu e erra, é culpado. Se a gente dá chutão também é culpado. A gente não sabe mais o que faz para agradar, mas se nem Deus agradou a todos, quem sou eu para agradar? O Zé (Ricardo) pede para sempre sair jogando, não modificar o meu jogo. Estou aqui para segurar as críticas. Jogar fora de casa, na Libertadores, é muito difícil. A gente sabia que seria assim – finalizou.
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