Em 17 jogos no comando do Flamengo, Reinaldo Rueda acumula surpresas. Primeiro, positivas, ao ajustar o time defensivamente. Em seguida, negativas, com testes em diversas posições, que não deram o resultado esperado. No saldo, um aproveitamento de 50% e um trabalho que ainda não emplacou, o que deixa até a volta à Libertadores em 2018 ameaçada. O tempo de trabalho é considerado curto pela direção, que já planeja com o treinador a próxima temporada.
Enquanto isso, o próximo compromisso é contra o Fluminense pelas quartas de final da Sul-Americana, amanhã. Apesar de ter chegado à final da Copa do Brasil e perdido nos pênaltis, a participação da equipe em mata-matas sob o comando do treinador colombiano é pior em relação aos números no Brasileiro. São apenas duas vitórias e cinco empates nos torneios eliminatórios (contando a Primeira Liga).
Nenhuma derrota, é verdade. Por outro lado, os jogos pelos pontos corridos do Brasileiro viraram laboratório até a final da Copa do Brasil. E mesmo depois, Rueda tem mandado a campo o que considera ter de melhor. Ainda assim, coleciona testes que nem sempre dão certo. No Brasileiro, são cinco vitórias, dois empates e três derrotas (as únicas de Rueda).
Dentre as experiências feitas pelo treinador, a bola dentro ficou por conta do improviso de Lucas Paquetá no ataque. O jovem pediu passagem na ausência de Guerrero e virou figura presente nos jogos, mesmo em outras posições. Outro acerto foi segurar os laterais até o time se arrumar.
O técnico apostou até em dois laterais direitos, Pará e Rodinei, até Trauco voltar na esquerda com o setor ajustado. A titularidade definitiva de Cuéllar também se mostrou acertada, com o volante brilhando nos desarmes e organização do time.
O problema foi no ataque. A utilização de Everton Ribeiro ainda é uma questão a ser resolvida. Rueda ora aposta no meia-atacante pelo lado direito, ora o centraliza, quando não pode usar Diego. Os dois meias não exibem o seu melhor futebol na gestão do colombiano, isso é notório. Outros reforços sofrem para emplacar, como Geuvânio, que jogou de falso 9 contra o São Paulo.
OS NÚMEROS DE RUEDA:
7 Vitórias
7 Empates
3 Derrotas
Aproveitamento: 50%
No Brasileiro:
5 Vitórias
2 Empates
3 Derrotas
Aproveitamento: 56%
Nos torneios eliminatórios:
2 Vitórias
5 Empates
Aproveitamento: 52%
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