Até quando?!

Salve, Salve, Nação Rubro-Negra!

Hoje vocês lerão uma coluna diferente das usuais. Usarei este espaço democrático para fazer um desabafo e externar toda a minha indignação com algumas situações que costumam acontecer reiteradamente com o Flamengo e no futebol carioca como um todo. Começarei pelo clássico de ontem, onde o senhor Luis Antonio Silva dos Santos conseguiu o que queria: os holofotes. Brilhou sua estrela no jogo de ontem! Primeiro uma expulsão (justa, diga-se de passagem) com uma encenação digna de novela mexicana e, ao final da partida, a invenção de uma penalidade máxima (ratificada cinicamente pelo senhor Daniel do Espírito Santo, seu auxiliar), fruto de uma bisonhice inigualável.

Quanto à expulsão do Luis Fabiano, achei justa. Porém devem ser ressaltados alguns pontos a serem contestados:
1 – a postura do juiz em prostrar-se à frente do atacante e não recuar, observando distância mínima na tentativa de evitar o contato (o que é uma recomendação da comissão de arbitragem);
2 – o fato da reincidência do soprador de apito em situações semelhantes a essa;
3 – o histórico da “cabeça quente” do Luis Fabiano, cujo qual foi juvenil e deu ao árbitro o motivo para ser expulso ao forçar o contato (afirmo aqui que não houve qualquer tipo de agressão ao juiz, mas segundo a mesma comissão de arbitragem, qualquer contato exercido pelo jogador com o árbitro é passível de cartão vermelho ao atleta).

Em relação à penalidade máxima, prefiro apenas afirmar que não houve nenhuma dúvida! Nem ao vivo, na hora da ocorrência do fato. Sem a necessidade de observar o replay da jogada, não houve dúvida de que a bola não bateu na mão do Renê. Fato inconteste! Devemos lamentar a patética entrevista do técnico do adversário (que está deixando se contaminar pelo ambiente moralmente insalubre do clube pelo qual foi contratado) que na coletiva afirmou, categoricamente e com a maior cara-de-pau que: “Todo o estádio viu que a bola bateu na mão do jogador rubro-negro” – pasmem! Também pudemos observar a patética encenação do Nenê (jogador dos vices) que levantou os braços parecendo um boneco de posto após a bola bater na barriga do lateral-esquerdo do Flamengo, induzindo o juiz a marcar a penalidade. Da mesma forma havia adotado a mesma conduta nefasta (atentem-se juízes para a falta de idoneidade deste atleta) minutos atrás incitando o juiz a marcar a cobrança irregular de escanteio numa bola chutada por Douglas, que bateu no travessão do Flamengo sem que houvesse qualquer desvio. Essa característica dantesca de tirar vantagens indevidas reforça a tese de que o Flamengo anda muito na contramão destes times de segunda categoria que ainda utilizam-se de artifícios como estes para levarem alguma vantagem nas partidas, algo típico do coronelismo ditatorial de dirigentes retrógrados que têm cada vez menos espaço no âmbito do futebol competitivo atual e têm a desfaçatez de dar uma nota 11 (de 0 a 10) para a organização e o regulamento do campeonato carioca.

Pegando carona neste mesmo assunto e colocando a mudança das regras da competição para este ano em voga, venho aqui explicar-lhes (na minha opinião) o porquê deste regulamento esdrúxulo do campeonato carioca ter sido alterado. Me respondam se puderem: Qual time “grande” do estado do Rio de Janeiro vem caindo de produção de forma contumaz ao longo dos anos? Qual foi o único dos quatro grandes do Rio que não conseguiu se reforçar minimamente para a temporada atual? Pois é, todos sabemos as respostas. Agora acompanhem o meu raciocínio: se o time preferido da FERJ, partícipe por induzimento, está enfraquecido monetária e esportivamente, como é que chegaria a uma final de turno com o elenco pífio que possui? Como decidiriam a final do campeonato sem terem levantado a taça de algum dos turnos? É óbvio: sendo um dos quatro melhores colocados por pontos corridos ao longo do primeiro e segundo turnos do campeonato (expectativa que ainda pode ser frustrada). Vocês enxergam outra forma de classificação para este clube? Pois é, como diria William Shakespeare: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia.”

O ponto “ganho” pelo juiz ontem foi fundamental a apenas uma equipe. O Flamengo já estava classificado com três rodadas de antecedência para decidir o campeonato junto às outras três equipes. Não precisamos de dispositivos subalternos para lograr êxitos nas competições que disputamos. O poder de manobras e subterfúgios utilizado por essa gente retrógrada e a vileza das ações ímprobas praticadas acabará por sepultar de vez nosso querido futebol carioca. Como um time consegue ser campeão estadual no início do ano e colecionar descensos nacionais seguidamente? É meus caros leitores, poder e influência também têm limites. E estes limites atualmente estão restringidos e relegados apenas à regionalidade. E por enquanto… porque o futuro se desenha cada vez mais obscuro e fadado ao ostracismo.

O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!

Fabio Monken.

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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/03/ate-quando-4/

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